UGT. "Rescisão por mútuo acordo é uma pressão inaudita que se faz sobre os trabalhadores"
18-08-2020 - 12:26
 • Ana Carrilho , Teresa Almeida com Renascença

"É inaceitável" que empresas em "lay-off" despeçam por mútuo acordo", diz o secretário-geral da central, Carlos Silva.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considera "inaceitável" que empresas que estão a ser apoiadas ao abrigo do mecanismo do "lay-off" possam despedir por mútuo acordo e vai pedir explicações à ministra do Trabalho.

"Ainda hoje, até à hora do almoço, vamos enviar uma nota para o gabinete da ministra e dela dar conhecimento ao primeiro-ministro e ao Presidente da República", diz Carlo Silva à Renascença.

"É inaceitável que isto aconteça no contexto da política social de que o país necessita", acrescenta o dirigente.

Carlos Silva sublinha que "a experiência mostra que uma rescisão por mútuo acordo é uma pressão inaudita que se faz sobre os trabalhadores", que, em uitas ocasiões, "saem com uma mão atrás e outra à frente".

Segundo a edição desta terça-feira do Jornal de Negócios, as empresas em "lay-off" ou abrangidas por vários apoios podem dispensar trabalhadores através de rescisões, desde que seja por mútuo acordo. O esclarecimento foi feito pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

A CGTP também já considerou esta situação "inaceitável".