03 jan, 2025 - 11:18 • Olímpia Mairos
O Papa Francisco dedica a sua intenção de oração para janeiro de 2025 ao direito à educação dos migrantes e refugiados, alertando para uma “catástrofe educativa” que deixou cerca de 250 milhões de crianças sem acesso à escola.
“Hoje vivemos uma ‘catástrofe educativa’. E não é exagero. Por causa das guerras, das migrações e da pobreza, cerca de 250 milhões de crianças não têm instrução”, diz Francisco, assinalando que “todas as crianças e os jovens têm direito a ir à escola, não importa a sua situação migratória”.
Na sua mensagem em vídeo, divulgada através da sua Rede Mundial de Oração, o Santo Padre sublinha que “a educação é uma esperança para todos: pode salvar os migrantes, os refugiados da discriminação, das redes de delinquência e da exploração… Tantos menores explorados. E ajudá-los a integrarem-se nas comunidades que os acolhem”.
“A educação abre-nos as portas a um futuro melhor. E assim, os migrantes e refugiados podem contribuir para a sociedade, seja no seu novo país, seja no seu país de origem, se decidirem regressar”, aponta.
A intenção de oração reflete uma das principais preocupações do pontificado de Francisco, que, em junho de 2024, já havia pedido orações pelos migrantes que fogem da guerra e da fome.
O Santo Padre já dedicou diversas intenções de oração à crise dos migrantes e refugiados, um dos maiores desafios do nosso tempo; a mais recente foi em junho de 2024, quando pediu orações “para que os migrantes que fogem da guerra ou da fome, forçados a viagens cheias de perigo e violência, encontrem acolhimento e novas oportunidades de vida nos países que os recebem”.
O vídeo destaca, ainda, o trabalho da Igreja em várias frentes. Entre os exemplos apresentados estão os centros educativos da Fundação AVSI na Jordânia e no Líbano, as escolas salesianas em Palabek (Uganda), e o trabalho do Serviço Jesuíta aos Refugiados em vários continentes.
Para o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, padre Cristóbal Fones, sj, a intenção deste mês tem especial relevância durante o Ano Jubilar.
“O Papa Francisco afirmou, por diversas vezes, que é necessário acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e refugiados”, pois “ forasteiro que bate à nossa porta é uma ocasião de encontro com Jesus Cristo”, explica, acrescentando que “uma das condições necessárias para se obter as indulgências, concedidas por ocasião deste Ano Santo, é, precisamente, rezar pelas intenções do Sumo Pontífice, que são muito concretas e que durante este mês estão centradas no respeito por este direito fundamental de pessoas muito vulneráveis”.