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Governo estuda Prestação Social Única

17 out, 2024 - 10:23 • Lusa

A Prestação Social Única chegou a ser anunciada pelo anterior Governo, quando a pasta do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estava com Ana Mendes Godinho.

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O Governo está a estudar a implementação da Prestação Social Única (PSU), adiantou a coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, segundo a qual está a ser feito um estudo com o apoio da OCDE.

Em entrevista à Lusa, por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala esta quinta-feira, Sandra Araújo adiantou que "está um estudo em curso" sobre a Prestação Social Única, que tem o "envolvimento de uma equipa da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ".

Segundo a responsável, a equipa da OCDE "está a apoiar Portugal no levantamento da grande panóplia de medidas na área das transferências dos apoios sociais".

"Tenho alguma expectativa relativamente ao valor acrescentado que esta prestação pode vir a trazer para o país se ela for de facto implementada", disse Sandra Araújo.

A Prestação Social Única chegou a ser anunciada pelo anterior Governo, quando a pasta do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social estava com Ana Mendes Godinho, para entrar em vigor em 2024, com o objetivo de garantir o acesso mais simples e direto à proteção social para cidadãos em situação de vulnerabilidade.

A PSU englobaria o Rendimento Social de Inserção (RSI), o Complemento Solidário para Idosos (CSI), os subsídios sociais de parentalidade e as pensões sociais do regime não contributivo.

No Orçamento do Estado para 2025, o atual Governo também inclui a PSU, justificando que dessa forma dá continuidade ao caminho da "simplificação e unificação de prestações sociais".

Sandra Araújo explicou que a medida terá, por um lado, uma componente monetária, atribuindo um valor que "permita às pessoas viver com dignidade", e, por outro, um trabalho de redução do "estigma que muitas vezes está associado a estas medidas para populações mais pobres e vulneráveis".

A responsável defendeu que é preciso não só quebrar o estigma como garantir a acessibilidade, salientando que há já medidas que são atribuídas automaticamente, como por exemplo o abono de família, e que isso é uma forma de contornar a falta de literacia.

Lembrou, no entanto, que num processo de digitalização é preciso não esquecer que nem todas as pessoas têm acesso a internet ou a equipamentos.

Defendeu, por outro lado, a necessidade e a importância da participação das pessoas mais vulneráveis ou em situação de pobreza na criação e implementação das políticas públicas das quais vão ser beneficiárias.

Apesar de admitir que isso possa tornar os processos mais lentos e que iria exigir capacitação e qualificação, Sandra Araújo defendeu que iria traduzir-se em "melhores políticas e políticas mais adequadas".

"E vai traduzir-se na restituição do valor da dignidade daqueles que são os sujeitos de direitos e seria um reforço inclusivamente da democracia porque ela acaba também por ficar em perigo se nós não dermos igualdade de oportunidades aos cidadãos e garantirmos a participação cidadã", rematou.

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  • Anastácio Lopes
    17 out, 2024 Lisboa 10:21
    Aqui está mais um exemplo a que os políticos recorrem para não subirem salários nem pensões para tirar da pobreza e da miséria quem lá está e os que para lá caminham. Que raio de democracia é esta que após o Regulamento do CSI afirmar perentoriamente que todo o qualquer cidadão com 80% ou mais de incapacidade tem direito ao CSI ao invés do que acontece com os que têm uma percentagem de incapacidade menor do que os 80%, nos quais é tido em linha de conta os rendimentos de quem solicita o CSI, pessoalmente conheço um cidadão DEFICIENTE, com 88% de incapacidade, que de acordo com o Regulamento do CSI tem direito a receber o mesmo, mas que a Segurança Social lhe negou até hoje, ilegalmente. Estou os portugueses a ver para que é que os políticos criam estes subsídios, nunca para tirar da pobreza quem lá está, mantendo e agravando essa pobreza, criando depois mil e um subterfúgios para apenas atribuir tais subsídios a quem quer e nunca aos que a eles têm legítimo direito. É este o Estado de Direito e Pessoa de Bem que Portugal afirma sem sem o provar pela própria Segurança Social?

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