30 ago, 2024 - 13:16 • Tomás Anjinho Chagas , Alexandre Abrantes Neves , Ricardo Vieira , Manuela Pires , Miguel Marques Ribeiro (em Lamego)
Quatro militares da GNR morreram esta sexta-feira num acidente com um helicóptero de combate a incêndios, que amarou no Rio Douro, apurou a Renascença e confirmou o capitão do Porto do Douro, Silva Lampreia em declarações aos jornalistas no local.
As buscas para tentar encontrar um quinto militar, que continua desaparecido, foram interrompidas pouco antes das 21h, segundo anunciou o capitão do Porto do Douro. As equipas de mergulhadores voltam ao trabalho ao nascer do sol de sábado, às 6h57, começando a preparação às 6h.
"Não tivemos sucesso na deteção do militar desaparecido, vamos ter que interromper porque as condições de segurança já não estão favoráveis para as buscas subaquáticas", disse o comandante aos jornalistas.
Apesar da suspensão das buscas em água, estas vão continuar nas margens do rio Douro, "no sentido de tentar encontrar o militar que continua desaparecido", e vai ser mantida "alguma vigilância na área".
As vitimas têm entre 29 e 45 anos e são do distrito de Viseu. Equipas de psicólogos do INEM e da Polícia Marítima estão a apoiar as famílias.
O dia de luto no sábado foi anunciado pelo primeir(...)
115 operacionais, 39 viaturas, cinco embarcações, equipas de mergulhadores e um drone estiveram envolvidas nas operações de busca desta sexta-feira, referiu Silva Lampreia ao final da tarde.
O piloto do helicóptero foi resgatado com vida e levado ao hospital. Encontra-se estável e sob observação médica, não correndo aparentemente risco de vida, disse à Lusa fonte hospitalar. "Tinha algumas fraturas, mas não era nada de grave que pusesse em causa a sua vida", acrescenta o capitão do Porto do Douro.
A aeronave despenhou-se no Rio Douro, após tentar realizar uma manobra de amaragem.
O alerta para a queda do helicóptero foi dado pelas 12h36.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deslocou-se ao local do acidente. O Presidente da República cancelou a agenda oficial.
Vai ser decretado um dia de luto nacional, no sábado, em memória dos militares da GNR que morreram num acidente com um helicóptero no Rio Douro.
O dia de luto foi anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que se deslocou ao local da tragédia, em Lamego.
"Hoje é um dia muito muito triste para Portugal", afirmou o primeiro-ministro.
Lamego
Chefe de Estado "acordou com o Governo a fixação d(...)
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, que também esteve a acompanhar as operações de socorro, confirmou o estabelecimento de um dia de luto nacional este sábado, e deu "as sentidas condolências aos familiares dos militares falecidos, bem como a todos os profissionais da GNR".
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também manifestou "tristeza" pelo acidente desta sexta-feira, através da rede social X. "Os meus pensamentos vão para as famílias e entes queridos dos corajosos militares que perderam a vida, enquanto tentavam proteger os outros", disse a política maltesa, que garantiu que "a Europa ficará para sempre grata pelo seu altruísmo".
O ministro dos Assuntos Parlamentares lamentou a morte dos militares da GNR. Pedro Duarte, que falava na Universidade de Verão do PSD, deixou uma palavra de solidariedade para com os familiares das vítimas.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, dedicou, na rede social X, condolências "à GNR e às famílias dos militares", fazendo votos que "a sua dedicação e entrega sejam sempre lembradas e honradas".
"Dirijo uma palavra de solidariedade e reconhecimento a todos aqueles que cumprem diariamente missões ao serviço da segurança dos portugueses e, no contexto de hoje, o papel fundamental de todos os comandos operacionais envolvidos nas operações em curso", acrescentou o socialista.
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, manifestou a sua tristeza, solidariedade e apresentou condolências às famílias dos militares da GNR.
O CDS-PP divulgou uma nota de pesar a lamentar "profundamente a perda dos militares, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana". "Os militares falecidos estavam no exercício de uma missão de enorme relevância para Portugal e para todos os portugueses. Por isso serão lembrados e homenageados", sublinha o partido.
[notícia atualizada às 20h53, com informação da suspensão das buscas em água]