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Diretor-executivo do SNS pede "esforço" para garantir as escalas nas urgências no Natal e fim de ano

14 ago, 2024 - 23:36 • Lusa com Redação

"Até agora não tivemos nenhuma grávida que não tivesse sido atendida, nenhuma criança que precisasse de neonatologia que não tivesse sido vista", diz o diretor-executivo do SNS em entrevista ao jornal Expresso. Tal com adiantou recentemente à Renascença, Gandra de Almeida admite concentrar urgências materno-infantis em Lisboa.

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O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra de Almeida, diz que vai ser preciso um "esforço" para garantir as escalas nas urgências no Natal e na passagem de ano.

“Tem que haver um esforço”, diz Gandra de Almeida, em entrevista ao semanário Expresso.

O responsável diz que já foram pedidas aos hospitais todas as escalas até ao final do ano, a fim de perceber quais as limitações em cada unidade: “Tem que ser preparado com tempo. As escalas já foram pedidas.”

“Não é suposto, e as escalas são diárias, ter escalas sem pessoas. Eu já passei muitos finais de ano, muitos natais a trabalhar. É o que é, custa a todos”, adverte sem deixar de sublinhar que não se “cansa” de reconhecer “a qualidade e a dedicação dos profissionais de saúde que temos”.

Noutro plano desta entrevista, o diretor-executivo do SNS admite a concentração das urgências materno-infantis da região de Lisboa.

Em recentes declarações à Renascença, Gandra de Almeida tinha já tinha defendido a necessidade de repensar a rede de urgências de ginecologia e obstetrícia.

Na entrevista ao Expresso, António Gandra de Almeida admite revisitar o plano da anterior direção executiva e tentar potenciar a rede das urgências de obstetrícia e pediatria na região de Lisboa.

"Foi feita agora uma comissão nova e as coisas vão mudar. A minha posição não é fechada. Temos de encontrar uma solução. Se for concentrar essas urgências e fixar um dos pontos da rede com uma urgência mais fortalecida, assim faremos", referiu o diretor-executivo do SNS, na sua primeira entrevista desde que tomou posse, em maio.

O responsável, que substituiu Fernando Araújo, garantiu que a sua equipa está a trabalhar em "muita proximidade" com os conselhos de administração e direções clínicas para alcançar "a melhor resposta possível".

"Até agora, não tivemos nenhuma grávida que não tivesse sido atendida, nenhuma criança que precisasse de neonatologia que não tivesse sido vista. E mesmo em Lisboa não tivemos grandes disrupções nem saídas de utentes para fora da sua área", sublinhou, sobre os encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia e de pediatria.

Questionado sobre o diálogo com as ordens do setor, médicos e enfermeiros, Gandra de Almeida garantiu que fala com toda a gente e instou todos os envolvidos a dizerem "quais são os diferentes níveis e como funcionam" as equipas de urgência.

"E pode ficar exatamente como está. A parte técnica é que tem de dizer claramente como é que vão funcionar as coisas. Não vai ser a DE-SNS que vai diminuir ou fazer alterações sem ouvir as partes competentes. Não devemos trabalhar por tentativa e erro. Devemos ser consistentes para termos resultados, para não andarmos com as limitações e os problemas ano após ano", frisou na entrevista ao Expresso.

António Gandra de Almeida adiantou ainda que a DE-SNS já tem o plano de inverno pronto e "prestes a sair", com o objetivo de executar uma "vacinação em massa" que considera fundamental e que será alargada a lares.

"Todas as unidades de saúde têm de ter o seu plano. Fizemos as normas orientadoras que devem constar e depois vamos verificar. E funcionar muito em rede e tentar prevenir aquilo que já sabemos hoje que vai ser muito duro", sublinhou.

O diretor executivo do SNS explicou que pretende dar "uma resposta mais forte", com a vacinação a ser estendida para os lares, para além dos centros de saúde e farmácias.

[notícia alterada às 8h30 com declarações sobre as escalas de Natal e final de ano]

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