03 nov, 2024 - 15:09 • José Pedro Frazão, enviado aos Estados Unidos
Tudo empatado na última grande sondagem do New York Times. Os dois candidatos não conseguem vantagens fora das margens de erro dos inquéritos em todos os estados cujo desfecho está indefinido. O estudo divulgado este domingo mostra, contudo, que Kamala Harris parece ter melhorado a sua imagem junto dos indecisos no Sul e que Donald Trump ganhou opiniões favoráveis entre os que decidiram o seu voto nos últimos dias no Norte.
O estudo mostra que há ainda 11% de indecisos a dois dias das eleições. 40% dos inquiridos nesta sondagem já votaram e Harris lidera nesse grupo por 8 pontos percentuais. Mas Trump leva vantagem nos que pretendem votar e ainda não o fizeram. Harris continua a ser a candidata preferida das mulheres, hispânicos e votantes negros e Trump lidera o eleitorado masculino.
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A Pensilvânia permanece o estado mais indefinido entre todos. Kamala e Trump estão empatados com 48% das intenções de voto no estado que contribui com 19 votos para o Colégio Eleitoral que decide a eleição. Face à anterior sondagem do New York Times, Trump consegue reduzir a vantagem que Harris vinha mostrando neste Estado. Um sinal de alarme para o campo democrata pode ser também a diminuição da vantagem de que dispunha o candidato ao Senado, Bob Casey, que surge ainda à frente da corrida por 5 pontos neste estudo.
Na Geórgia e Carolina do Norte, dois estados que juntos valem 31 votos, Kamala Harris sobe com mais força nas intenções de voto de um estudo com 4,1% de margem de erro. Na Carolina do Norte, Harris consegue uma vantagem de 2 pontos percentuais sobre Trump. Este é um dos estados com o voto antecipado mais adiantado. Na Georgia a diferença entre ambos os candidatos situa-se em 1 ponto.
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No Michigan e Wisconsin, estados que Trump conquistou aos democratas quando venceu em 2016, o candidato republicano continua firme na corrida, que está empatada a 47% no primeiro caso e com vantagem de dois pontos para Harris no segundo. São os chamados estados da "cintura da ferrugem", ligados ao desenvolvimento industrial dos Estados Unidos, a par da Pensilvânia, e valem 25 votos para as contas finais.
O inquérito do New York Times parece consolidar a tendência a favor de Donald Trump no Arizona com a vantagem de 4 pontos, o que neste estudo é a que mais se aproxima do limite da margem de erro. Em causa estão 11 votos no Colégio Eleitoral num estado onde os temas da imigração são cruciais para os eleitores.
No Nevada, Harris poderá estar a ganhar uma liderança surpreendente com vantagem de 3 pontos percentuais neste estudo que antes de Biden sair da corrida estava mais inclinado para uma vitória de Trump. De todos os estados indecisos no seu desfecho, este é aquele que menos conta para o Colégio Eleitoral, com apenas 6 votos.
A Renascença nos Estados Unidos com o apoio da TAP Air Portugal.