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Fotógrafo Thomas Struth vence Prémio Europeu Helena Vaz da Silva

12 jul, 2024 - 07:00 • Maria João Costa

Considerado um dos “maiores fotógrafos para a promoção do património cultural e dos valores europeus”, o alemão Thomas Struth recebe o prémio a 21 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

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O fotógrafo alemão Thomas Struth é o vencedor deste ano do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural. O júri considera que Struth “é um europeu aberto ao mundo, com uma admirável intuição”.

Presidido por Maria Calado, presidente do Centro Nacional de Cultura, o júri refere que a obra de Struth “encarna o que é essencial em termos de património: retrata pessoas, cidades, museus, ambientes, tecnologias, e é uma revelação para todos daquilo que muitos não conhecem”.

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva instituído em 2013 pelo Centro Nacional de Cultura, em colaboração com a Europa Nostra e o Clube Português de Imprensa, destaca também que “Thomas Struth ‘escreveu’ uma obra monumental que mostra e promove a paixão pelo património, tanto europeu como universal, evitando, como o próprio faz questão de dizer, ‘que as coisas morram’”.

Este prémio, que tem o apoio dos ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Turismo de Portugal distinguiu também a cipriota Ioanna Avraam. O reconhecimento especial à atual primeira-bailarina do Ballet da Ópera de Viena destaca a “sua contribuição para a promoção do património cultural intangível”, pode ler-se no comunicado.

"Consciência de uma Europa unida é importante no mundo de hoje”

A cerimónia de atribuição do prémio está marcada para 21 de outubro, às 18h00, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Numa reação à notícia, o fotógrafo Thomas Struth mostrou-se “encantado” com o prémio.

“Sinto-me honrado por fazer parte de uma série de importantes figuras culturais que já receberam este prémio no passado. A consciência de uma Europa unida e do seu património cultural é particularmente importante no mundo de hoje”, sublinha o artista reconhecido pela série “Museum Photographs”, de imagens coloridas monumentais de pessoas a admirar obras de arte em museus.

Também numa reação ao reconhecimento de que foi alvo, a bailarina Ioanna Avraam sublinhou “a importância de, enquanto artista, através da arte e dos valores que promove, lutar contra todas as formas de desencanto, como as guerras de poder, a destruição ambiental, a pobreza, a desigualdade, a exclusão social e o fanatismo religioso e nacionalista”, lê-se no comunicado.

No agradecimento ao júri, a bailarina referiu que este é também um prémio que “homenageia o Vienna State Ballet, uma companhia multicultural”, e recorda ainda a sua “pequena e infelizmente parcialmente ocupada terra natal, Chipre”.

O júri do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva deste ano foi composto, além de Maria Calado, por Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho de administração do Grupo Impresa, Piet Jaspaert, vice-presidente da Europa Nostra, João David Nunes, vice-presidente do Clube Português de Imprensa, Guilherme d'Oliveira Martins, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Irina Subotić, presidente da Europa Nostra Sérvia e Marianne Ytterdal, membro do Conselho da Europa Nostra.

Em edições anteriores, o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património Cultural, já distinguiu, entre outros, nomes como Jorge Chaminé, presidente do Centro Europeu da Música em 2023, a coreógrafa de dança contemporânea belga Anne Teresa De Keersmaeker em 2021, o poeta português e bibliotecário da Biblioteca do Vaticano José Tolentino Mendonça em 2020, o cineasta alemão Wim Wenders em 2017, o músico e maestro espanhol Jordi Savall em 2015 ou o escritor turco e Prémio Nobel Orhan Pamuk em 2014.

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