A Covid-19 tirou o sono a Nuno e Isabel. As sequelas psicológicas de uma doença imprevisível

09 out, 2020 - 07:55 • João Carlos Malta , Inês Rocha

O novo coronavírus entra-nos primeiro no corpo, e pode ter uma estadia mais ou menos gravosa, mas para muitos doentes aloja-se na mente por muito mais tempo. Nas consultas de acompanhamento de pessoas já curadas do Covid-19 começam a aparecer cada vez mais queixas de sequelas psicológicas.

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  • Catarina Mendes
    25 nov, 2020 Lisboa 13:29
    O MEDO é um drama muito maior que o vírus. As consequências do vírus são perfeitamente recuperáveis as do medo não. Dá que pensar se a receita que se está a seguir (unifoco multidisciplinar, reporte diário sem balanços comparativos com outras doença ou com as consequências, confinamentos, estimagtização das visões divergentes, calar o debate cientifico realçando apenas um dos lados etc). O contágio é impossivel de impedir. Enquanto não houver uma vacina deve-se proteger o possível os grupos de risco, o resto da população deve seguir a sua vida com as regras de segurança razoáveis e adequadas (máscara em ambiente fechado, máscara em ambiente aberto quando o distanciamento não é possível, distanciamento social sempre que possível, lavar as mãos com muita regularidado E GOVERNO MELHORAR CAPACIDADE DE RESPOSTA a todos os níveis). Confinamentos matam muito mais do que a doença e com consequências nefastas e muito mais duradouras. O falhanço talvez decorra de uma visão destorcida do que deve ser a vida humana. O medo da morte e do sofrimento postos como o arquivalores condutores da(s) vida(s) não pode dar "boas vidas", e sociedades sustentáveis. Esses valores, mais que tudo, fecham as pessoas num mundo sempre a jogar à defesa, diminuido na capacidade de dar e de dar-se. É um mundo que não valoriza a coragem. No limite, através das lentes do medo, tudo o é visto como "o inimigo", mesmo o que pode ajudar na solução. É O MEDO QUE MATA.