Nuno Botelho diz que Portugal tem um papel na pacificação institucional de Moçambique e desvaloriza críticas de Mondlane a Paulo Rangel: "Faz parte do circo."
O político exige 25 medidas às autoridades moçambicanas para os próximos três meses, ameaçando retomar manifestações e protestos nas ruas "de forma mais intensa", caso não sejam implementadas.
Moçambique assistiu, esta quarta-feira, à investidura de Daniel Francisco Chapo como o quinto Presidente da República do país. Confrontos entre protestantes e a polícia provocaram vários mortos cujo número exato ainda não é claro.
Há ainda registo de pelo menos 4.228 detidos nestas manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais de 9 de outubro.
Rangel, que representa o Governo português na cerimónia de investidura de Daniel Chapo, destacou uma "relação forte" entre Marcelo Rebelo de Sousa e Moçambique e indicou que Portugal tem acompanhado a atualidade do país face à tensão pós-eleitoral.
Marcelo não estará presente, quarta-feira, na tomada de posse do novo Presidente de Moçambique. O antigo chefe de Estado, Joaquim Chissano, confessa à Renascença que seria “agradável” contar com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, “um amigo de Moçambique", mas sublinha que é “normalíssimo“ que se faça representar pelo MNE.
Venâncio Mondlane apelou ao tratamento médico e medicamentoso gratuito para todos os que foram feridos durante os protestos assim como a compensação financeira para aqueles que perderam familiares.