35 anos depois da visita de João Paulo II a Timor-Leste, o país recebe Papa Francisco em Díli "num grande testemunho de fé". Numa emissão especial conduzida pelo jornalista Vítor Mesquita, a vaticanista Aura Miguel e o repórter Pedro Mesquita acompanharam a visita e testemunharam a euforia nas ruas de Díli. José Luís Ramos Pinheiro, repórter em Timor no período que antecedeu o início do processo de independência, e Henrique Mota, antigo diretor de informação que acompanhou a visita de João Paulo II em 1989, estiveram a acompanhar a emissão.
Quando chegou a Dili, em 1989, o então Papa João Paulo II não beijou o solo no aeroporto, mas beijou uma cruz no chão da catedral. Dois anos depois, quando visitou Portugal, o Papa garantiu, em entrevista exclusiva à Renascença, que Timor estava sempre na sua oração, e que o gesto que teve foi uma homenagem ao sofrimento dos que lutavam pela independência.
Segundo o Comité para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, da ONU, em Timor-Leste metade das mulheres entre 15 e 49 anos já sofreu violência.
Sem a resiliência do povo de Timor-Leste, "dificilmente os esforços de Portugal, das Nações Unidas e de vários outros parceiros internacionais teriam permitido construir a nação sólida e estável que é hoje Timor-Leste", defendeu o Presidente da República.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou esta quinta-feira que Timor-Leste já ganhou a batalha da independência e da democracia, mas tem "agora para ganhar a batalha do desenvolvimento", garantindo o apoio das Nações Unidas.
Mais dois jornalistas da Renascença condecorados pela forma como acompanharam o processo de independência, há 25 anos. Na Renascença partilham testemunhos de quem viu nascer um novo país.