No dia em que arranca o congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Joana Marques Vidal defende, em declarações à Renascença, a necessidade de " investimento a sério” no setor da Justiça.
Na aceitação do segundo prémio que venceu, a magistrada dedicou-o “à sociedade anónima, sofredora e combativa, aqueles não se resignam e querem lutar por um país com progresso, com igualdade, com critérios de ética e transparência”.
Joana Marques Vidal sublinha que o Ministério Público deve "olhar com muita atenção" para a forma como está a fazer a investigação na área da criminalidade económica e financeira. "Mais do que criar leis" é essencial "mais efetividade do modelo atual", defende a antiga PGR.
Entre as omissões apontadas pela antiga procuradora-geral da República estão a ausência de capítulos dedicados à contratação pública e ao urbanismo ou o planeamento do território.
Depois de Lucília Gago ter considerado que as declarações sobre corrupção feitas pela ex-PGR na Renascença não trazem novidades, Joana Marques Vidal explica que se tratou de "uma análise sociológica e criminal da realidade dos factos" e que não está "a inventar nada".
A revisão do estatuto dos magistrados do Ministério Público esteve em debate na edição desta semana do Em Nome da Lei, um programa conduzido pela jornalista Marina Pimental. Joana Maruqes Vidal, ex-procuradora-geral da República, António Ventinhas, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Vânia Dias da Silva, deputada do CDS, e Carlos Peixoto, deputado do PSD, são os convidados do programa deste sábado.
Em declarações à Renascença, Joana Marques Vidal destaca “redes de corrupção e de compadrio, nas áreas da contratação pública” que se disseminam entre vários organismos de ministérios e autarquias.