O professor catedrático e fundador do CDS foi um dos muitos presentes na igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Lisboa, na missa de corpo presente do padre Dâmaso, falecido na quinta-feira aos 87 anos.
Na homilia da missa de corpo presente a que presidiu, o Cardeal patriarca sublinhou a coerência de vida do sacerdote que marcou gerações aos microfones da Renascença e se dedicou à ajuda aos presos. O funeral do padre Dâmaso Lambers realiza-se esta tarde.
O sotaque arranhado era inconfundível. O entusiasmo com que falava da vida também. "Jesus é fantástico!", dizia repetidamente. Dâmaso Lambers nasceu na Holanda, fugiu da Segunda Guerra Mundial aos 27 anos e dedicou o resto da vida a Portugal. Ficou conhecido como o padre das prisões, nunca aceitou a normalização da pobreza, fez da Renascença a sua segunda paróquia. Morreu aos 87 anos e deixou um rasto de amor por onde passou.
Edgar, recluso do Estabelecimento Prisional do Linhó, diz à Renascença que Dâmaso Lambers "era aquela pessoa de quem toda a gente precisa". Memórias de um detido que ganhou, vai fazer 10 anos, "um amigo" que fez dele outra pessoa.
O ex-presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença recorda que Dâmaso lambers viveu sempre "com enorme alegria", declarando-se "o homem e o padre mais feliz do mundo".