A vitória da AD parecia conquistada com as primeiras projeções de resultados, apesar de a diferença para o PS ficar na margem de erro. Mas, com as horas a passarem, a luta foi quase voto a voto. Só quando Pedro Nuno Santos assumiu a derrota é que se respirou de alívio na coligação que junta PSD, CDS e PPM. O Chega, de André Ventura, fez história. E, à esquerda, o Livre foi a grande revelação.
Secretário-geral comunista reconhece que o resultado eleitoral foi um “desenvolvimento negativo”, perante uma sala com dezenas de apoiantes que, como o partido, resistiram a noite toda.
Muitas das sondagens sobrestimaram as intenções de voto na Aliança Democrática. Já o PS foi subestimado por duas empresas e sobrestimado por uma. Nos resultados eleitorais, a direita (sem o Chega) tem uma desvantagem de cinco pontos face à percentagem de votos da esquerda - que fica perto dos 40%.
Paulo Raimundo, de 46 anos, membro do Secretariado do Comité Central comunista, era cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) por Lisboa.
Sondagens à boca das urnas mostram uma maioria à direita, com três delas a colocarem o PS ainda dentro do intervalo de votos da AD. No melhor cenário, uma aliança de direita entre a AD e a IL terá 103 deputados.