Já foi retirada a bandeira portuguesa do navio que transporta material explosivo com destino a Israel.
A informação foi confirmada esta terça-feira à Renascença por fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que indica que já foram” ultrapassadas as diligências técnicas”, que permitiram a retirada da bandeira nacional.
Segundo a mesma fonte, “o registo do navio foi definitivamente cancelado”.
O navio "Kathrin", de propriedade alemã e até agora registado na Madeira, transporta material explosivo com destino a fabricantes de armas em Israel, Polónia e Eslováquia.
A situação gerou polémica, com o Bloco de Esquerda a pedir a audição do ministro Paulo Rangel, na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros.
Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal Público, publicada no dia 19 de setembro, o chefe da diplomacia portuguesa admitiu que o navio "Kathrin" transportava explosivos para fabrico de armas em Israel.
O cargueiro tem como destino final o Montenegro e a Eslovénia e os explosivos serão usados em fábricas de armamento da Polónia, Eslováquia e Israel. Paulo Rangel admitiu na altura que se tratava de uma questão jurídica “muito complexa”.