Montenegro acusa governo de Costa de "despesas apressadas" e défice nos três primeiros meses do ano
05-05-2024 - 09:03
 • Isabel Pacheco , João Carlos Malta

Primeiro-ministro voltou a acusar PS e Chega de coligarem-se no Parlamento, mas continua a acreditar que o Governo“tem todas as condições para cumprir o seu programa”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garante que o défice não será entrave à gestão do Governo e que a AD tem condições para levar a legislatura até ao fim. Na cerimónia dos 175 anos da Associação Empresarial de Portugal acusou o Governo anterior de “despesas apressadas” e de aprovar resoluções de mais mil milhões de euros sem cabimentação orçamental.

“No fim do primeiro trimestre deste ano, nós temos um défice das nossas contas públicas, mas garanto-vos que não vamos ter no final do ano. É verdade que houve muita despesa que foi feita nos primeiros três meses do ano de uma forma muito apressada”.

E Montenegro prosseguiu com as críticas ao executivo de António Costa: “É verdade que o Governo que antecedeu este, tomou várias decisões, entre as quais 116 resoluções do Conselho de Ministros, 43 das quais sem cabimentação orçamental num volume de cerca de 1200 milhões de euros. Isso é tudo verdade, mas também não vou dramatizar a situação”.

As contas pouco certas do Governo da maioria socialista que Luís Montenegro garantiu que não vão atrapalhar, nem mesmo a surpresa do voto lado a lado do Chega e PS como aconteceu na aprovação do fim das portagens nas ex-Scut.

“É verdade que nós temos um partido à nossa direita no Parlamento, que tem uma representação ainda significativa na Assembleia da República e que fez uma campanha eleitoral a prometer combater o socialismo e agora vota coisas provindas do Partido Socialista. E temos um partido à nossa esquerda, que é o Partido Socialista, que fez uma campanha a diabolizar esse partido à nossa direita e agora aceita os votos desse partido no Parlamento” afirmou o primeiro-ministro.

Nada que vá perturbar o governo que Montenegro garante ter as condições ir até ao fim.

“Isso é tudo verdade, está a acontecer, não é mentira. Eu quero dizer-vos que esta é a parte do realismo, isto é tudo verdade, mas a parte da confiança é que isto é tudo verdade, mas não é o mais importante. O mais importante é que o Governo está firme. O Governo está a cumprir o seu programa, vai cumprir o seu programa”, reiterou.

E o líder do Governo diz que “tem todas as condições para cumprir o seu programa” e “não são estas pequenas coisas que nos vão atrapalhar”.