O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou um "grande desgosto pessoal" pela morte do padre Joaquim Carreira das Neves.
"Tenho um grande desgosto pessoal, era amigo dele há muito tempo, era uma grande figura, um franciscano muito devotado ao ensino, à investigação da bíblia e ao serviço dos outros", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, em Coimbra.
O Presidente da República foi informado da morte de Joaquim Carreira das Neves pelo jornalista da SIC que acompanhou a sessão de hoje na Faculdade de Medicina e mostrou-se emocionado.
"Está a dar-me essa notícia e eu é com muito pesar que tomo conhecimento do desaparecimento de uma figura grande da cultura portuguesa", declarou o Presidente da República.
O padre franciscano Joaquim Carreira das Neves morreu hoje, em Lisboa, aos 82 anos, disse à agência Lusa uma fonte do Seminário da Luz, em Carnide, em Lisboa, onde este residia.
A agência Ecclesia noticiou a morte do professor de Teologia Bíblica na Universidade Católica Portuguesa (UCP), que foi autor de várias obras científicas e de divulgação. O padre chegou a colaborar regularmente com o Programa Ecclesia, da RTP2.
Joaquim Carreira das Neves nasceu em 26 de Junho de 1934 na Caranguejeira, concelho de Leiria, e foi ordenado sacerdote em 13 de Julho de 1958; licenciou-se em Teologia em Roma, doutorando-se em Teologia Bíblica na Universidade Pontifícia de Salamanca (1967).
Foi autor de várias obras literárias ligadas aos estudos bíblicos, entre as quais 'As Grandes Figuras da Bíblia' e desenvolveu investigações sobre Jesus e a Cristologia das primeiras comunidades cristãs.
O funeral vai ser presidido pelo cardeal patriarca de
Lisboa, D. Manuel Clemente, neste sábado, 29 de Abril, às 10h00, no Seminário
da Luz, em Lisboa.