Direito a brincar nos jardins de infância, guerra aberta na Liga
22-05-2020 - 20:01
• Filipe d'Avillez
O Governo quer os emigrantes a voltar à terra para as férias, mas para alguns não será fácil. O Reino Unido, por exemplo, está a exigir quarentena no regresso.
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PORTUGAL
Há autocarros cheios e datas para o regresso do futebol de estádios vazios. O balanço do regresso às aulas é positivo, embora continue a haver resistentes e o Governo garante o direito à brincadeira no pré-escolar.
- Morreram 12 pessoas de Covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal. Para alem disso, a DGS insiste que a mortalidade em geral está perfeitamente dentro da normalidade.
- As crianças do ensino pré-escolar que regressarem à escola no dia 1 de junho não vão precisar de usar máscara e podem brincar à vontade. O Ministério da Educação divulgou as orientações para mais um desconfinamento nas escolas. O pessoal docente e não docente é obrigado a ter sempre a sua máscara de proteção colocada.
- Dois dias depois do regresso ao jardim de infância, é a vez o futebol voltar aos relvados. A I Liga de futebol vai ser retomada com um Portimonense-Gil Vicente. A 25ª jornada, será disputada em cinco dias, entre quarta-feira, dia 3 de junho e domingo, dia 7.
- Quem está de saída do futebol é a NOS. A empresa vai deixar de ser o patrocinador principal e "naming sponsor" do campeonato da I Liga quando terminar o contrato, no final da próxima época, 2020/2021.
- Apesar das recomendações, ainda há transportes públicos sobrelotados. A Renascença foi passear de autocarro e conta-lhe o que viu.
- Em tempos normais, estaríamos em época alta de casamentos. Mas os tempos não são normais, as empresas estão com a corda na garganta e há pessoas a pagar mais para adiar as núpcias.
- O balanço do regresso às aulas é positivo, embora haja escolas em que metade dos alunos não tenha regressado. O que está em causa agora é o próximo ano. Os envolvidos pedem clareza ao Governo.
- O Governo insiste que quer os emigrantes a passar férias em Portugal e vai pressionar nesse sentido nas negociações com a União Europeia. Como diz António Costa, é preciso lutar pela economia, para não morrermos da cura. As agências de viagem concordam. Paulo Neto Leite, CEO da Groundforce, pede por tudo que deixem os aviões voltar ao ar.
- Depois dos protestos do setor cultural, um dos mais afetados pela pandemia, o primeiro-ministro anunciou o lançamento de uma linha de financiamento de 30 milhões de euros para ser usada pelos municípios na programação cultural. O objetivo é reanimar um setor em grandes dificuldades.
- Bem mais caro vai ficar o reforço das vacinas contra a gripe. O governo vai gastar 13,6 milhões de euros para adquirir dois milhões de vacinas para a gripe, ou seja, mais 500 mil doses do que no último inverno. A ideia é proteger a população numa época gripal que se adivinha crítica.
MUNDO
O epicentro da pandemia está na América do Sul. Enquanto a República Checa tem a coisa controlada, o Reino Unido vai impor quarentena a quem chegar ao país a partir do dia 8 de junho.
- Já foi a China, depois a Europa e a América. Agora o epicentro da pandemia é a América do Sul.
- O número de mortos em Itália já ultrapassou os 32 mil, mas em termos de mortos por dia voltou a estar abaixo dos 150. A Rússia espera um aumento de mortos em maio.
- Madrid e Barcelona preparam-se para o desconfinamento já a partir de segunda-feira. Apesar de terem prolongado o estado de emergência, as autoridades espanholas parecem estar convencidas de que o pior já passou e é tempo sair de casa. O número de mortos por dia subiu em Espanha, ligeiramente, mas continua a rondar os 50.
- E as notícias que vêm da República Checa são ainda melhores. Duas semanas depois de terem reaberto centros comerciais, cinemas e esplanadas, as autoridades decidiram declarar que a propagação do novo coronavírus está sob controlo no país.
- Como já vimos, Portugal quer os emigrantes a vir passar férias no Verão. O problema, porém, pode ser voltar… O Reino Unido, por exemplo, vai impor quarentena de 14 dias a quem entrar no país.
- Nos Estados Unidos a Covid-19 fez mais uma vítima de peso. O mordomo que serviu 11 presidentes na Casa Branca morreu aos 91 anos.
Os números da covid-19 no mundo: