António Guterres, ex-primeiro-ministro de Portugal e atual secretário-geral das Nações Unidas, é um dos candidatos favoritos a vencer o Prémio Nobel da Paz deste ano, avança a agência Reuters.
O anuncio desta indicação acontece pouco mais de 24 horas depois do estado de Israel ter banido o português de entrar no país e o considerar persona non grata.
De acordo com especialistas, na corrida dos mais prováveis a vencer o prémio estão ainda duas entidades mundiais: o Tribunal Internacional de Justiça e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
O comité internacional do certame tem como objetivo destacar o trabalho desenvolvido pelos agentes humanitários face ao sofrimento e vidas perdidas de milhões de civis, num ano marcado pelas guerras na Ucrânia e Médio Oriente e o "banho de sangue" no Sudão.
À agencia Reuters, o presidente do Instituto de Pesquisa para a Paz, Dan Smith, critica as atribuições dos prémios da paz dos anos anteriores e partilha estar na esperança de que, nesta edição, o prémio Nobel da Paz "se foque no facto de que este é um mundo que está, efetivamente, em guerra".
Receia-se ainda que a nomeação da UNRWA possa intensificar ainda mais a tensão entre as Nações Unidas e Israel.
Para este ano, existem 286 candidatos a receber o prémio, sendo 196 indivíduos e 89 organizações. Embora as nomeações sejam secretas há mais de 50 anos, algumas das nomeações já conhecidas publicamente são o naturalista britânico David Attenborough, o líder do governo interino Muhammed Yunus e o Papa Francisco.
O anúncio do vencedor do Prémio Nobel da Paz está agendado para o próximo dia 11 de outubro.