A Organização Mundial de Saúde (OMS) declara pandemia por causa do novo coronavírus (Covid-19).
"Podemos esperar que o número de casos, mortes e países afetados aumente. Estamos nisto juntos e precisamos de fazer o que é certo, com calma", afirma o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Defende que todos os países, em conjunto, podem “mudar o rumo desta pandemia”, se "detetarem, testarem, tratarem, isolarem, rastrearem e mobilizarem as pessoas na resposta".
Tedros Ghebreyesus afirma que o número de casos fora da China aumentou 13 vezes nas últimas duas semanas.
A utilização da palavra pandemia é uma descrição para a situação que se vive no mundo, com a doença a espalhar pelos vários continentes, que “não altera o que estamos a fazer”, sublinha.
"Níveis alarmantes de inação" preocupam OMS
A OMS mostra-se "profundamente preocupada" com os níveis "alarmantes" de disseminação e gravidade do coronavírus e com os "níveis alarmantes de inação".
Mike Ryan, diretor-executivo da OMS, afirma que a situação no Irão é “muito grave” e apela ao reforço da vigilância e do tratamento aos doentes.
A Organização Mundial de Saúde enviou 40 mil testes do novo coronavírus para o Irão nas últimas 24 horas, mas o fornecimento é “muito muito curto” e há dificuldades em encontrar outras fontes de fornecimento.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos em todo o mundo.
Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Portugal regista 59 casos confirmados de infeção, segundo os mais recentes dados avançados esta quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde.