Desde o início da guerra na Ucrânia, saíram do país 7,2 milhões de pessoas. A invasão russa e a guerra causaram uma das maiores crises de refugiados e de deslocados internos no mundo de hoje.
Os Estados-membros da União Europeia (UE) têm recebido a maior parte destas pessoas.
Milhões de refugiados atravessaram a fronteira para países vizinhos e muitos outros estão deslocados dentro do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) atualizou, esta quinta-feira, os dados sobre os refugiados ucranianos. Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro. cerca de 7,2 milhões de pessoas saíram da Ucrânia, sendo que 2,3 milhões de pessoas regressaram entretanto ao país.
Em comunicado de imprensa, a agência da ONU elogia os países que estão a receber refugiados, em particular os Estados-membros da UE que tomaram "medidas sem precedentes".
Os 27 desencadearam rapidamente e pela primeira vez o mecanismo que faculta proteção temporária aos ucranianos garantindo-lhes acesso a serviços, habitação e trabalho no bloco comunitário.
Segundo os dados do ACNUR, cerca de 4,8 milhões de pessoas registaram-se como refugiados na Europa. 3,2 milhões solicitaram a proteção temporária da UE ou esquemas nacionais de proteção idênticos.
"Embora a situação de segurança na Ucrânia permaneça frágil, foram registadas travessias [da fronteira] de ida e volta.
Alguns atravessam para a Ucrânia para avaliar a situação, verificar os seus bens, visitar familiares ou ajudá-los a partir", diz o ACNUR. Muitos dos que regressaram encontraram as suas casas danificadas e tentaram encontrar emprego mas não tiveram que voltar a sair do país, explica a agência da ONU.
A Polónia é o país que mais refugiados da Ucrânia recebeu, com mais de 1,1 milhões de pessoas registadas.
Seguem-se a Rússia (1,1 milhões), a Alemanha (780 mil), a República Checa (366 mil), Itália (125 mil) e Espanha (118 mil). Portugal registou 41,546 pessoas que fugiram da Ucrânia.
Muitos países que não pertencem à UE também estão igualmente a receber refugiados ucranianos, como a Moldávia, Turquia, Suíça, Reino Unido, Noruega ou Sérvia.