A semana europeia é marcada pela reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE que está a decorrer hoje em Bruxelas.
Os chefes da diplomacia europeia têm uma agenda carregada de pontos sensíveis. Situação na Líbia, processo de paz no Médio Oriente, e situação na Ucrânia. Este país vive de novo uma situação de instabilidade entre as forças governamentais de Kiev e os rebeldes pró-russos. Vários responsáveis do Governo de Kiev vão estar esta semana em Bruxelas para encontros com representantes da instituições comunitárias procurando apoio político e mantendo pressão sobre Moscovo para que termine o conflito no leste da Ucrânia.
Entretanto, Bruxelas acaba de anunciar a deslocação de dois comissários europeus a Washington para encontros com a administração norte-americana. Será essa uma forma de tentar, pelo menos, estancar a ofensiva verbal a que a União Europeia tem estado sujeita desde que Donald Trump chegou à Casa Branca?
Para o correspondente da Renascença em Bruxelas, Vasco Gandra, “é revelador do actual contexto”. São duas das primeiras deslocações de comissários a Washington desde que Donald Trump tomou posse. Concretamente, a vice presidente da Comissão e Alta Representante para a Política Externa e de Segurança, Federica Mogherini. E também o comissário responsável pela Migração e Assuntos Internos, Dimitrios Avramopoulos. Vão encontrar-se com os respectivos responsáveis na administração norte-americana. No centro dos encontros política externa, migração e segurança, precisamente as áreas que mais preocupação suscitam entre os europeus quando olham para o outro lado do Atlântico.