Cem dias depois de ter prometido comunicar com os associados de forma transparente, através de um portal a ser criado, a Direcção do Futebol Clube do Porto, liderada por André Villas-Boas, acaba de trazer a público alguns dados, muito curiosos, que deixam à evidência de que sopram tempos novos para os lados Dragão.
Depois de uma curta espera, que nem sequer chegou a dar lugar a impaciência, começa um novo período nas relações do clube com os associados, depois de o Portal da Transparência ter sido uma das mais significativas promessas da recente campanha eleitoral.
A partir de agora, os portistas ficam a saber que o Presidente do Clube abdica de receber qualquer tipo de subsidiação financeira, e que há uma nova politica de vencimentos do Conselho de Administração, sendo também instituídos códigos de ética e de conduta, que se pretende venham a ser seguidos com todo o rigor.
Há aqui muita matéria e boas razões para olhar para um novo Futebol Clube do Porto, onde se sabia haver remunerações escandalosas dos antigos administradores, com destaque até para as verbas que o ex-presidente auferia, mesmo em anos em que não havia sucesso desportivo da sua equipa de futebol que as pudesse justificar.
O passo dado agora por Villas-Boas e seus pares é motivo para todos os encómios, e os associados portistas têm todas as razões para apoiar um ciclo novo de um dos clubes mais prestigiados e vencedores do calendário português.
E é também um bom exemplo para os demais clubes nacionais, ainda que se saiba que tanto Sporting e Benfica vêm optando por políticas na mesma linha, confirmando que o futebol nacional encarna uma nova face, também como resultado da acção da actual classe dirigente, mais jovem, mais empreendedora, e mais capaz de tornar os nossos clubes verdadeiramente europeus.