O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, propõe "proteger" as equipas que chegam às meias-finais da Liga dos Campeões, garantindo-lhes qualificação automática para a edição da época seguinte.
"Gostaríamos de proteger equipas como o Ajax, este ano, ou Mónaco e Leicester City, de anos anteriores. O Ajax chegou às meias-finais na última época e, agora, vão ter de vender os seus jogadores, porque não sabem se vão apurar-se para a Liga dos Campeões deste ano. Não penso que devamos proteger demasiados clubes, porque senão fica demasiado fechado, mas penso que temos de proteger alguns clubes. Uma ideia que temos é que os clubes que consigam chegar a uma certa fase da competição possam competir na edição seguinte", afirmou Ceferin, em entrevista ao jornal britânico "The Times".
Para já, a ideia é apenas isso, uma ideia. Será debatida a 11 de setembro, com ligas e clubes, em reunião da UEFA.
Ceferin garantiu, ainda, que a Superliga Europeia, desejo elitista dos mais clubes mais poderosos da Europa, "nunca acontecerá" enquanto for presidente da UEFA e apresentou mais algumas ideias para, nomeadamente um apuramento do "campeão dos campeões".
Nova prova de seleções
O esloveno sugere uma Taça dos Campeões, entre o vencedor do Europeu de seleções e o vencedor da Copa América. A UEFA já trabalha com a CONMEBOL nesse sentido e Ceferin acredita que não precisaria de permissão da FIFA para concretizar o plano:
"Porque precisaríamos de permissão da UEFA para organizar uma competição? É uma decisão de duas confederações. Nós não somos membros da FIFA, somos independentes. Somos sócios deles, não seus subordinados."
Por falar em FIFA, Ceferin descartou a possibilidade de chegar à presidência do organismo que tutela o futebol mundial.
"Não, a FIFA, não. [Recandidatura] na UEFA, não sei. De qualquer forma, temos limites de mandatos, mas nunca se sabe. Se me tivessem dito, há cinco anos, que seria presidente da UEFA, ter-me-ia rido. Tenho mandato até 2023 e terei de tomar uma decisão. Estou a divertir-me. Isto é uma organização de futebol, não uma organização política", referiu.