(Ouça a reportagem de Sérgio Costa, enviado especial da Renascença ao Brasil.)

No colorido da campanha de Lula, há pessoas de todas as idades. Trazem faixas, cartazes, bandeiras, fitas, autocolantes que emprestam à avenida Paulista um colorido diferente. Todos partilham alguma impaciência. Todos querem ver o homem que pretende regressar ao poder, o homem que, dizem, vai consertar o país.

“É preciso mudar o Brasil completamente. Lula foi o Presidente mais que entregou, que distribuiu renda para todo o mundo, que investiu na educação, em cultura, trabalho. Foi o melhor Presidente que a gente já teve no Brasil. Depois destes quatro anos de inferno, a gente precisa de ter uma pessoa que é capaz de aglutinar o Brasil de novo", diz uma apoiante à Renascença.

Durante a descida da avenida Paulista, um carro com propaganda de Bolsonaro – de passagem - faz exaltar os ânimos; mais um episódio do momento conturbado que o Brasil vive.

Pode Lula pacificar o Brasil? “Acredito que si, acho que o Lula tem essa capacidade maravilhosa de ser uma figura muito conciliatória, acho que ele consegue conversar com diversos setores da sociedade brasileira”, garante um militante.

Quando Lula chega, os apoiantes ficam em delírio. Todos querem ver e tocar no candidato. Mas a pergunta impõe-se. Se ganhar, Lula vai ficar muito tempo? “Não sei se é um [Presidente] de transição, mas neste momento é salvação. A gente só vai conseguir pensar num Governo para 2026 se a gente eleger Lula no primeiro turno”, aponta outra militante.