A eliminatória da Taça de Portugal que ficou concluída neste domingo escapou àquela que tem sido quase regra geral, a de provocar tomba gigantes e surpresas de monta que a história regista com agrado geral.
Afinal, exceptuando o calafrio sofrido pelo Benfica frente ao surpreendente Arouca, que quase o atirava pela borda fora, e a qualificação para os oitavos-de-final de um clube do terceiro escalão oriundo de Trás-os-Montes, nada de especial se passou.
Estão, assim, na eliminatória que se seguirá e está aprazada para o dia 19 de Dezembro próximo, treze equipas do escalão principal, apenas duas da segunda Liga e uma do campeonato de Portugal, o Centro Desportivo e Cultural de Montalegre, fundado há exactamente 54 anos.
E vai para esta colectividade do nordeste transmontano, situada no distrito de Vila Real, com um estádio que apenas comporta cerca de cinco mil espectadores, o foco principal no rescaldo da quinta eliminatória da Taça, esperando-se que no jogo seguinte, independentemente do adversário que lhe couber em sorte, possa jogar de novo em sua casa, como aconteceu agora no desafio contra o Recreio de Águeda.
De resto, e como já deixámos dito, pouco sobra para a história desta jornada.
O Sporting venceu, sem margem para dúvidas, na estreia do seu novo treinador que entrou assim com o pé direito, enquanto os portistas, mesmo sem grande esforço, deixaram para trás o Belenenses SAD, num clássico que parecia prometer mais, mas no qual os dragões nem sequer deixaram respirar o seu opositor lisboetas.
Finalmente, o Benfica que mal ganhou para o susto e se livrou, à tangente, de um vexatório prolongamento frente ao Arouca, que incomodou até ao limite, e muito contribuiu para voltassem ao de cima algumas das insuficiências que têm marcado a carreira dos comandados de Rui Vitória nestes tempos mais recentes.
E ,pronto, afinal não houve Taça. Fica para a próxima.