Sérgio não quer pensar nas duas vitórias que faltam ao FC Porto para ser campeão
05-07-2020 - 23:51
 • Renascença

Pensar nisso "só complicará". Treinador gostou mais da segunda parte da goleada (5-0) à Belenenses SAD que da primeira e considera que o resultado foi "volumoso demais".

Sérgio Conceição não quer pensar no facto de faltarem duas vitórias ao FC Porto para ser campeão nacional e prefere focar-se no próximo jogo.

"Temos de pensar no Tondela [compromisso da jornada 31]. São os próximos três pontos, é o próximo jogo. Não vale a pena pensar muito no que falta. Só complicará a nossa concentração e o nosso foco no mais importante: o próximo jogo", sublinhou o treinador portista, em declarações à Sport TV, após a goleada à Belenenses SAD.

Sérgio Conceição gostou muito mais da segunda parte da vitória do FC Porto sobre a Belenenses SAD que da primeira e assume, até, que o resultado, 5-0, foi um pouco pesado demais para o equilíbrio inicial:

"Na primeira parte podíamos ter feito mais. A equipa, quando não está bem com bola no processo ofensivo, sofre no processo defensivo. O Belenenses apresentou uma equipa com jovens de qualidade e muita frescura e era preciso ter mais bola. Mesmo assim chegámos ao golo. O Belenenses também aqui ou acolá conseguiu chegar ao nosso terço defensivo com qualidade e criar uma ou outra situação [de perigo]."

"A segunda parte foi bem melhor em tudo. Fizemos cinco golos, penso que um resultado um bocadinho volumoso demais para aquilo que o Belenenses fez, especialmente na primeira parte", completou.

"Parabéns ao miúdo"


Fábio Vieira estreou-se a marcar pelo FC Porto, aos 20 anos, na cobrança de um livre direto que estava, originalmente, destinado a Alex Telles.

Quando o defesa cedeu a marcação do livre ao jovem, Sérgio Conceição protestou. Telles nem olhou para o banco, quiçá para evitar reprimenda, e, em retrospetiva, o treinador considera que "fez muito bem".

"Não lanço os miúdos porque fica bem na fotografia, lanço-os porque têm muita qualidade. Tenho testemunhas no banco que podem comprovar que, a partir do momento em que o Alex [Telles] decide não bater e o miúdo [Fábio Vieira] assumir, é isso que eu quero. Esse caráter e personalidade dentro de campo", enalteceu o técnico portista.

Sérgio garantiu, aliás, que "nem ficava aborrecido se [o livre] não entrasse", pois teria ficado "vincada a personalidade" de Fábio Vieira.

"É isso que eu quero. Não fico chateado. O que me chateava era se na jogada seguinte não corresse para intercetar a bola", assinalou.