Incêndios. GNR-bombeiros deixam vazio nas patrulhas
20-08-2018 - 07:28

Associação do setor diz que a força chegou ao “fundo do poço” do que respeita a recursos humanos.

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) denuncia falta de elementos em determinados postos por causa do reforço do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) para o combate aos incêndios.

Segundo avança esta segunda-feira o jornal “i”, a recente saída de cerca de 500 militares (grande parte de postos territoriais) para o GIPS deixou a Guarda desfalcada e há postos que já não têm efetivo suficiente para assegurar os patrulhamentos.

César Nogueira, presidente da APG, diz que a GNR “está no fundo do poço” que diz respeito a recursos humanos – a “esmagadora maioria” dos que militares que foram reforçar o GIPS estava a trabalhar em postos territoriais já “desfalcados”.

As saídas foram colmatadas por 600 novos guardas (através de um concurso aberto em fevereiro), mas que se encontram ainda na fase de estágio – o que significa que não podem, por exemplo, mandas parar um carro ou andar armados.

“Não são ainda agentes de autoridade” e “não está sequer a haver tempo para os acompanhar como seria desejável”, denuncia o presidente da principal associação da Guarda.

A GNR já se debate com falta de gente há algum tempo. Se, na década de 1980, entravam para a forma cerca de mil elementos por ano, na última década o ritmo desceu para entre 200 e 300/ano. E quem entrou há mais de 30 anos está “agora a atingir a idade da reforma”.

A APG garante ao “i” que já transmitiu as suas preocupações ao Ministério da Administração Interna, mas ainda não foram apresentadas “quaisquer soluções”.