António Costa pede aos portugueses para darem "mais força ao PS"
24-05-2019 - 00:47
 • Paula Caeiro Varela, com redação

“É possível fazer diferente, é possível devolver às famílias esperança e confiança no futuro", declarou o líder socialista num comício, em Matosinhos.

O secretário-geral do PS afirmou esta quinta-feira, em Matosinhos, que vale a pena votar. António Costa foi até às legislativas de 2015 para dizer que, se mais tivessem ido votar, mais o PS teria conseguido fazer nestes anos de Governo.

“É possível fazer diferente, é possível devolver às famílias esperança e confiança no futuro, é possível devolver aos pensionistas o direito à sua pensão, ter uma política de melhoria do rendimento das famílias, ter uma política económica cujo principal objetivo seja emprego, emprego, emprego”, começou por defender.

“Muitos daqueles que na altura não valia a pena votar, hoje sabem que valia a pena ter ido votar para dar ainda mais força ao PS para que tivesse ainda mais força para fazer o que fizemos nos últimos anos”, salientou.

O apelo de António Costa ao voto soa a desabafo. Nos repetidos avisos de que é preciso votar no domingo, o convidado da noite, Augusto Santos Silva, explicou porque é que o voto certo é no PS.

“É preciso que sejam os socialistas a liderar a Europa. Esta é também uma razão pela qual o voto no PS é o voto certo. É o voto contra o neoliberalismo, contra a política de austeritária e contra o pensamento único”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Foi o PS quem virou a página da austeridade sem comprometer as contas ou ameaçar que não se paga a dívida, sublinhou Augusto Santos Silva.

“Pôs em prática uma nova política, virou a página da austeridade, repôs os salários, as pensões, descongelou as carreiras, acabou com a sobretaxa, aumentou o abono de família, reduziu o desemprego e o insucesso escolar, aumentou a frequência do ensino superior sem nunca ter posto em causa as regras europeias, que são as nossas, sem pôr em causa a nossa pertença à União Europeia e à Zona Euro.”

“Connosco as contas são as contas certas, não há orçamentos retificativos e ninguém cometeu a imprudência de dizer não pagamentos a dívida, queremos sair do euro ou queremos por em causa a União Europeia”, disse Augusto Santos Silva.

Esta ideia que pode ser lida como uma farpa a Pedro Nuno Santos, ainda que Augusto Santos Silva não tenha mencionado o ministro das infraestruturas.