O Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho está a trabalhar em colaboração com 9 parceiros e 7 regiões da Europa no projeto Interreg Europe iWATERMAP – Water Technology Innovation Roadmaps.
A iniciativa propõe-se encontrar soluções mais sustentáveis e inteligentes para gerir com mais eficiência os sistemas de tratamento e abastecimento de água, dar nova vida a recursos criados a partir de águas residuais e identificar tecnologias avançadas para eliminar ameaças escondidas, tais como resistência a antibióticos e a presença de contaminantes emergentes.
“Ao mesmo tempo, promoverá o relacionamento entre a investigação, o mundo empresarial e as autoridades regionais, criando condições para aumentar a competitividade, o crescimento e o emprego nas regiões. Cada região envolvida no projeto elabora um plano de ação, especificando o que será feito na região, para assegurar que as lições aprendidas com o iWATERMAP sejam postas em prática”, explica o CEB em comunicado.
De acordo com os investigadores, um dos setores com forte presença na região Norte e onde a inovação em tecnologia da água pode ser significativa é o sector agroalimentar, cujo impacto tem vindo a aumentar em Portugal nos últimos anos.
Segundo dados do INE de 2014, este setor tem um volume de negócios superior a 14,8 mil milhões de euros, empregando mais de 100 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos, sendo a segunda indústria que mais emprega em Portugal.
Também na Europa, a indústria alimentar é o maior empregador, abrangendo entre os seus funcionários 15% da população, com exportações na ordem de 16,5% da quota mundial.
O Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho representa a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte no projeto iWATERMAP.
A Universidade do Minho, através do CEB, é ainda o representante da Região Norte na área temática “Territórios Inteligentes da Água” da Plataforma Europeia de Especialização para Modernização Industrial.
Estas ferramentas de comunicação e conhecimento, implementadas ao nível da União Europeia, “destinam-se a facilitar a cooperação interregional na UE, a fim mobilizar os parceiros privados a desenvolver projetos de investimento concretos em áreas específicas de interesse comum, tais como a digitalização e outras áreas emergentes. Além disso, permite às regiões capitalizarem os seus pontos fortes e criarem novas vantagens competitivas”, sublinha a universidade do Minho.