Escola da Guia, uma receita de sucesso
27-06-2020 - 00:00
 • Teresa Paula Costa

Um corpo docente estável, relacionamento próximo entre alunos e professores e projetos atraentes. Estes são os segredos do sucesso da escola básica e secundária da Guia, em Pombal, a que os alunos ainda acrescentam o facto dos professores respeitarem o ritmo dos alunos.

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Iara Soares foi sempre uma aluna dedicada. Ao chegar ao secundário na escola da Guia, no concelho de Pombal, o seu interesse ainda aumentou. Em entrevista à Renascença, a jovem, que concluiu agora o 12.º ano, lamenta que haja sempre nas escolas “aquela tendência de os professores pressionarem os alunos para terem boas notas”, o que, felizmente, não acontece naquele estabelecimento de ensino, onde “nunca" sentiu "nenhuma pressão”.

O Agrupamento de Escolas da Guia ficou no terceiro lugar do ranking de sucesso do secundário, pelo segundo ano consecutivo. Os alunos partilham o bom resultado com os docentes.

Iara Soares elogia a atitude assumida pelos professores de “vamos ao teu passo, como te sentires mais à vontade”, e afirma: “mesmo que eu quisesse alcançar uma nota superior à que tinha tido, era sempre neste sentido, 'vamos ao teu passo, nós ajudamos-te, mas sem stress e sem problemas'”.

Desta forma, “nunca me sentia pressionada, ou triste por ter tido uma nota mais baixa porque sabia que ia recuperar”, sublinha. Para Iara Soares, é nessa atitude que reside o segredo dos resultados obtidos pela escola.

Já para a subdiretora, o sucesso deve-se a três fatores. Primeiro, a estabilidade do corpo docente. Depois, a sua proximidade aos alunos. Fernanda Branco revela que “estes alunos têm uma grande proximidade aos docentes", que os acompanham. "Acho que este é um dos motivos do sucesso”, afirma.

Mas a professora salienta que os resultados “têm também a ver com o número de alunos que a escola tem, sobretudo, no secundário”, já que “não são assim tantos quanto isso o que, por si só, permite uma maior proximidade entre os docentes e os alunos e um maior acompanhamento”.

Mas, devido às restrições originadas pela pandemia, a professora receia que, no próximo ano, o resultado seja diferente.

Fernanda Branco reconhece que “houve conteúdos que não foram tão bem dados" ou não foram dados sequer. “Neste momento, ninguém sabe, nem o Ministério da Educação nos deu ainda indicações, do que vai ser o próximo ano”, afirma a subdiretora da escola básica secundária da Guia, em Pombal.