Papa recebeu líderes judeus da Europa, no dia da libertação de Auschwitz
27-01-2017 - 12:37
 • Ana Lisboa

Francisco salientou a importância deste dia para judeus e não só e ouviu dos seus convidados preocupações sobre o aumento do populismo no mundo ocidental.

O Papa Francisco recebeu esta sexta-feira em audiência um grupo de representantes do Congresso Judaico Europeu.

O encontro decorreu precisamente no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 72 anos depois da libertação do campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau.

“O Papa começou a conversa mencionando esta jornada importante para os judeus, mas também para nós, porque recordar as vítimas do Holocausto é importante para que esta tragédia humana nunca mais se repita”, relatou o padre Norbert Hofmann, secretário da Comissão da Santa Sé para as relações religiosas com o judaísmo.

Por seu lado, o líder do Congresso Judaico Europeu, Moshe Kantor, disse que levou ao Santo Padre a sua “profunda preocupação” pelo aumento do populismo e da intolerância no mundo ocidental.

Recorde-se, que em Julho de 2016, o Papa Francisco visitou os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau, na Polónia, numa homenagem silenciosa que durou cerca de hora e meia.

As únicas palavras foram deixadas em espanhol, por escrito, no livro do Museu de Auschwitz: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdão por tanta crueldade”.

Além de Francisco, também João Paulo II e Bento XVI visitaram Auschwitz em 1979 e 2006 respectivamente.

O campo começou a funcionar em 1940 e terminou em 1945, com a chegada das tropas soviéticas, estimando-se que tenham morrido 1,3 milhões de pessoas, sobretudo judeus, ciganos, russos, polacos e presos políticos.