"Nem Ota nem Alverca" estão excluídas. Governo estuda 17 localizações para novo aeroporto
30-09-2022 - 12:59
 • Renascença

"Se dependesse de nós já tínhamos aeroporto, mas infelizmente não depende só de nós", diz ministro das Infraestruturas.

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, adiantou esta sexta-feira que "nenhuma hipótese está excluída" quanto à futura localização do novo aeroporto de Lisboa, indicando que já foram analisadas 17 possibilidades.

Um dia depois de o Governo ter aprovado a criação de uma comissão técnica independente para estudar pelo menos cinco soluções para o aeroporto alternativo à Portela, incluindo Alcochete, Montijo e Santarém, Pedro Nuno Santos admitiu que outras localizações também estão em cima da mesa.

"Nenhuma hipótese está excluída, nem Ota nem Alverca", indicou o ministro aos jornalistas, à margem da inauguração de um bairro em Arruda dos Vinhos. "O Governo tem 17 localizações estudadas para o novo aeroporto. Se dependesse de nós já tínhamos aeroporto, mas infelizmente não depende só de nós", rematou.

Noutro plano, o ministro das Infraestruturas comentou também as críticas feitas esta manhã por Cavaco Silva num artigo de opinião no jornal "Público", classificando-as como "uma injustiça".

O antigo Presidente da República acusa nesse artigo o Governo de António Costa de não tomar reformas decisivas na economia, e também de ter defendido que Pedro Nuno Santos devia ter sido demitido, após a polémica do novo aeroporto.

O ministro diz não perceber as críticas, até porque, destaca, quando Cavaco foi primeiro-ministro houve um abandono e desinvestimento na ferrovia.

"A grande exigência [de Cavaco] é que se façam reformas e depois de, na década de 80 e na década de 90, se ter abandonado e desinvestido na ferrovia, nós hoje estamos a fazer uma profunda reforma estrutural na mobilidade, apostando e dando novamente centralidade à ferrovia, como estamos a fazer uma reforma estrutural na habitação, com todo o país a reabilitar, a construir, a adquirir casas para que o nosso povo tenha melhor acesso à habitação. É uma reforma estrutural que estamos a fazer na habitação, é uma reforma estrutural que estamos a fazer na ferrovia, e é por isso que ele foi injusto."