Vivemos numa "Boycracia"?
03-10-2020 - 10:30

"Jobs for the boys", dança das cadeiras, boycracia, assalto ao Estado. Todos conhecemos estas expressões, que sugerem a existência de favoritismo e politização na atribuição de empregos na administração pública.

"Jobs for the boys", dança das cadeiras, boycracia, assalto ao Estado. Todos conhecemos estas expressões, que sugerem a existência de favoritismo e politização na atribuição de empregos na administração pública.

A sociedade reconhece também a necessidade de clarificar o papel das nomeações para os partidos políticos e para os processos de delegação de competências entre os partidos no governo e a administração pública.

Patrícia Silva, da Unidade de Investigação Governação, Competitividade e Políticas Públicas da Universidade de Aveiro, escreveu um novo ensaio para a Fundação Francisco Manuel dos Santos onde pretende abrir esta caixa negra. No Livro "Jobs for the Boys", enquadra a questão, identifica possíveis pontos de equilíbrio entre o controlo democrático da administração e a limitação da margem de manobra dos políticos na escolha de dirigentes.

A investigadora avança três propostas para a discussão sobre estratégias que possam conter os danos da politização dos serviços públicos. Porque é urgente limitar, melhorar e exigir.

No programa "Da Capa à Contracapa" desta semana vamos conhecer melhor o livro com a autora e, para o comentar, convidámos a investigadora do ICS Susana Coroado, nova presidente da Transparência e Integridade (TI-PT), capítulo português da rede global de ONG anti-corrupção Transparency International.