Papa oferece milhares de crucifixos. "Não é um objeto ornamental, mas um sinal para contemplar e rezar”
16-09-2018 - 13:54
 • Agência Ecclesia

Francisco agradeceu também o “caloroso acolhimento” dos sicilianos, onde esteve este sábado em visita apostólica para assinalar o 25 anos do assassinato pela máfia do padre Pino Puglisi.

O Papa Francisco afirmou este domingo durante a oração do ângelus que a fé não se “reduz a fórmulas” e ofereceu aos romanos e aos peregrinos presentes na Praça de São Pedro um crucifixo, distribuída pelos pobres da cidade.

“Hoje, dois dias depois da festa da Santa Cruz, pensei em oferecer-vos um crucifixo. O crucifixo é sinal do amor de Deus que em Jesus deu a vida por nós. Convido-vos a acolher esta oferta e a guardá-la na vossa casa, no quarto das crianças, dos idosos, em qualquer parte, mas que se veja!”, disse o Papa.

Francisco alertou os presentes que a cruz “é uma oferta do Papa” e que por isso, não tem de ser paga, e pediu aos pobres e marginalizados da cidade para a distribuírem a todos os presentes.

O Papa sublinhou que o crucifixo “não é um objeto ornamental, mas um sinal para contemplar e rezar”.

Durante a oração do ângelus, o Papa comentou o Evangelho da liturgia deste domingo, referindo que “uma fé que se reduz às fórmulas é uma fé míope” e que a Jesus não interessam “sondagens”.

“O senhor quer que os seus discípulos, de ontem e de hoje, criem uma relação pessoal e Ele”, sublinhou.

Para o Papa a “profissão de fé em Jesus Cristo não pode fechar-se em parábolas, mas tem de ser autentificada em gestos concretos”, com uma “vida grande”, uma vida “com muito amor ao próximo”.

“O amor muda tudo. O amor pode mudar também cada um de nós”, afirmou.

Francisco agradeceu “caloroso acolhimento” dos sicilianos, onde esteve este sábado em visita apostólica para assinalar o 25 anos do assassinato pela mafia do padre Pino Puglisi.

Que o exemplo e o testemunho do beato Pino Puglisi continue a iluminar todos nós e a confirmar que o bem é maior que o mal, que o amor é mais forte que o ódio”, concluiu o Papa.