Pandemia pôs a nu as fragilidades humanas
13-09-2020 - 10:22
 • Teresa Paula Costa

Na homilia da peregrinação de setembro, o bispo emérito de Santarém apelou a uma conversão à solidariedade, à humildade e ao serviço fraterno.

O bispo emérito de Santarém, D. Manuel Pelino, afirmou na noite de sábado em Fátima que a pandemia “veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas”.

Reconhecendo que “julgávamo-nos donos do mundo, autossuficientes e capazes de tudo”, D. Manuel Pelino defendeu que “para alcançar a salvação, a saúde da alma e do corpo, necessitamos da ajuda de Deus e da solidariedade uns dos outros.” “Precisamos de mudar”, reforçou o prelado, “de nos converter da indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço fraterno.” E lembrou as palavras do Papa Francisco: “Ninguém se salva sozinho”.

Frisando que “Jesus é a fonte de água viva que pode saciar a nossa sede de luz e de verdade, de amor e de esperança, de cura espiritual e corporal”, D. Manuel Pelino pediu que aprendamos com Maria “a escutar e a seguir a voz do Espírito no silêncio, na atenção aos sinais dos tempos”, para que se “possa vencer a aridez e a secura do individualismo e da indiferença e gerar os frutos da vida nova em Cristo, fonte de salvação.”

Nas celebrações desta noite, participaram vários milhares de peregrinos, incluindo um grupo de peregrinos surdos vindos de vários pontos do país. Por esta peregrinação aniversária coincidir com a sexta peregrinação da comunidade surda, todas as celebrações são traduzidas para Língua Gestual Portuguesa por intérpretes que integram o Grupo de intérpretes do santuário de Fátima.