Vale e Azevedo quer ser assistente no processo que investiga Luís Filipe Vieira
15-09-2020 - 17:14
 • Renascença

Decisão final sobre requerimento do antigo presidente do Benfica cabe ao Supremo Tribunal de Justiça, onde decorre a "Operação Lex".

O antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica, João Vale e Azevedo, apresentou um requerimento no passado dia 10 de setembro para ser constituído assistente na "Operação Lex", processo judicial que envolve o atual presidente do clube da Luz, Luís Filipe Vieira, e o ex-juiz desembargador Rui Rangel.

A notícia foi avançada esta terça-feira pela revista "Sábado", que diz que o pedido de requerimento de Vale e Azevedo está a atrasar a notificação da acusação aos 18 arguidos do processo, isto porque todos eles, bem como o Ministério Público, têm de dar resposta ao pedido do antigo presidente do Benfica.

A decisão final sobre o requerimento de Vale e Azevedo será tomada por um juiz do Supremo Tribunal de Justiça, onde decorre a "Operação Lex".

A revista "Sábado" adianta que a advogada de Vale e Azevedo, Luísa Cruz, defende que o seu cliente tem um "interesse legítimo" em apurar se juízes investigados na "Operação Lex" interviram em processos judiciais envolvendo o antigo presidente do Benfica.

A investigação está a cargo dos procuradores Maria José Morgado e Vítor Pinto, que ao todo terão já compilado mais de 900 páginas a descrever um alegado esquema de corrupção liderado por Rui Rangel no Tribunal da Relação de Lisboa.

Sobre Luís Filipe Vieira recaem suspeitas de ter oferecido cargos no Benfica a Rangel para alegadamente ganhar poder de influência sobre o juiz no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra, onde uma empresa do presidente do Benfica tinha, à data, um processo fiscal a decorrer.