Bolsas de Empreendedorismo perto do fim
22-02-2017 - 14:16
 • Sara Beatriz Monteiro

A UE prepara-se para encerrar as candidaturas para as bolsas de empreendedorismo. A Renascença foi visitar uma das entidades parceiras, a UPTECH, e conhecer dois projectos com duas visões muito diferentes do uso de fundos comunitários.

Qual o papel deste centro de inovação junto das empresas, foi o que explicou à Renascença a Fátima São Simão, que diz que a UPTECH alberga não só empresas acabadas de formar, mas também outras que são já desenvolvidas. O que caracteriza é o contacto permanente com o conhecimento produzido na Universidade do Porto e oferece formação. Para esta responsável, é essencial o intercâmbio com outras organizações semelhantes na União Europeia.

Clara Pereira, fundadora da We Store on Tex, diz que o desafio principal é captar investimento, quer material, quer de recursos humanos. Para esta responsável, os fundos comunitários são fundamentais para conseguir ter investimento de forma a avança com o negócio e pelos contactos que potenciam a nível europeu e global.

Ricardo Pinho é outro caso. Tem uma empresa chamada Ao Dispor que optou por não fazer parte de nenhuma incubadora e funciona sem escritório. Actua apenas e só através da internet. Não tem horários e ajuda desempregados a encontrar trabalho perto da área de residência. Considera-se um empreendedor social e não cobra dinheiro às pessoas que precisam de trabalho. Nem considera ético. E não acha essencial a existência de um modelo de negócio. É uma visão que não é partilhada por muitos projectos candidatos à bolsa de Empreendedorismo.