A Águas da Região de Aveiro (AdRA) inaugurou esta segunda-feira a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) Sul de Sever do Vouga, possibilitando que os esgotos deixem de ser lançados no Rio Vouga sem qualquer tratamento.
Em declarações à Lusa, o presidente da AdRA, Fernando Vasconcelos, disse que o concelho de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, não tinha estação de tratamento e os esgotos “eram lançados na linha de água praticamente sem tratamento”.
O município tem uma instalação “muito antiga” que tratava os efluentes da vila, mas, segundo o presidente da AdRA, este equipamento está “completamente inoperacional há muitos anos”.
“Passámos de uma situação em que o concelho não tinha forma de tratar as águas residuais geradas pelas pessoas e pela atividade económica do concelho e agora tem”, vincou Fernando Vasconcelos.
O presidente da AdRA realça ainda a pertinência deste tipo de instalações para melhorar a qualidade da água do Rio Vouga, que tem uma importância grande do ponto de vista de fruição turística e de lazer.
De acordo com a AdRA, a nova ETAR começou a receber efluente no passado mês de abril e, atualmente, está em período de arranque, que se vai prolongar durante um ano.
“A ETAR está a funcionar bem. Estamos a corrigir algumas situações que é necessário corrigir”, disse Fernando Vasconcelos.
A obra, que representou um investimento global de 2,75 milhões de euros, foi cofinanciada por fundos comunitários do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
A ETAR Sul de Sever do Vouga vai abranger 11 mil habitantes de seis freguesias do município (Sever do Vouga, Pessegueiro do Vouga, União de Freguesia de Silva Escura e Dornelas, Rocas do Vouga, União de Freguesias de Cedrim e Paradela e Couto de Esteves).
Além deste equipamento, o concelho de Sever do Vouga tem uma ETAR mais pequena que serve a população da freguesia de Talhadas.
Segundo um comunicado da AdRA, a nova ETAR vem responder às exigências ambientais da região, proporcionando “o correto tratamento” das águas residuais e a respetiva devolução ao rio Vouga em condições “ambientalmente seguras”.
“Esta infraestrutura está dotada de sistema de desodorização, minimizando o impacto da sua operação na região onde se insere”, refere a mesma nota.