Zelenskiy admite bombardeamento iminente de Odessa
06-03-2022 - 12:01
 • Daniela Espírito Santo

"Isso seria um crime de guerra, um crime histórico", assegura.

O Presidente da Ucrânia admitiu, este domingo, que a Rússia estará a preparar um ataque iminente à cidade de Odessa. No seu habitual briefing diário, partilhado via Telegram, Volodymyr Zelenskiy admite que as tropas russas estão "a planear bombardear Odessa". "Isso seria um crime de guerra, um crime histórico", assegura, lembrando as relações pacíficas de russos e ucranianos naquela cidade portuária ao longo dos tempos.

Dirigindo-se diretamente à população russa, relembrou que o povo vizinho "sempre veio a Odessa e sentiu acolhimento em Odessa. E agora? Vão bombardear Odessa? Vamos ter mísseis em Odessa?", questiona.

"Isto não é improvisado. Isto é guerra. Isto foi planeado, mas isto não vai matar a nossa Humanidade", remata.

No mesmo vídeo, o Presidente da Ucrânia garante que o futuro do país está assegurado, mas "ainda lutamos pelo nosso presente".

"É muito importante. Estamos a lutar para definir fronteiras. É uma luta entre a vida e a escravidão", diz. "Os cidadãos da Rússia estão a fazer a mesma escolha neste momento. Não percam esta oportunidade. Não sei deixem silenciar ", avisa.

Volodymyr Zelenskiy garante estar a criar condições para reerguer o país assim que a guerra termine, com negociações com figuras como Elon Musk e a criação de fundos de reconstrução e apoios financeiros à população.

Reiterou, como já havia feito, que continua a conversar, dia e noite, com os líderes mundiais, salientando a conversa com o Presidente dos EUA, Joe Biden. "Agradecemos a sua determinação", diz.

"Não há uma única hora em que a Ucrânia não ouça notícias da ajuda que vai receber", reitera, falando das sanções que vão sendo introduzidas contra Putin.

"Não deveria haver nenhum porto onde um estado terrorista consiga fazer dinheiro".

"Há conversações que nos aumentam a confiança", assegura, mas volta a pedir ao mundo para "fechar os céus da Ucrânia aos mísseis russos". "Precisamos de aviões, para garantir a segurança do céu da Ucrânia, do céu da Europa", reforça.