Governo. PAN diz que primeiro-ministro "esgotou o banco de suplentes"
03-01-2023 - 10:42
 • Lusa

Inês de Sousa Real reagiu, através da rede social Twitter, à mudança no executivo.

A porta-voz do PAN considera que a remodelação do Governo foi "baralhar e voltar a dar aos mesmos" e que o primeiro-ministro "esgotou o banco de suplentes e perdeu a capacidade de atrair novos rostos".

Inês de Sousa Real reagiu, através da rede social Twitter, à mudança no executivo anunciada na segunda-feira, após a demissão de Pedro Nuno Santos, com a passagem dos até agora secretários de Estado Marina Gonçalves e João Galamba a ministros da Habitação e das Infraestruturas, respetivamente.

Numa publicação, a deputada única do PAN refere que "fica claro que o primeiro-ministro esgotou o banco de suplentes e perdeu a capacidade de atrair novos rostos para o Governo, em particular para uma pasta tão importante para a coesão territorial e aposta nos transportes públicos".

"É certo que só o tempo dirá a marca que vai deixar, mas isto não é uma reforma ou mudança no Governo, é baralhar e voltar a dar aos mesmos!", argumenta a líder do partido Pessoas-Animais-Natureza.

Inês de Sousa Real manifesta "preocupação" por esta opção poder significar "voltar a contar com as mesmas políticas até aqui prosseguidas ou com inação".

Já sobre o facto de João Galamba deixar de ser secretário de Estado do Ambiente e da Energia, a deputada única do PAN defende que "é uma boa notícia para o ambiente, pois este sempre teve um cunho muito mais económico do que demonstrou sensibilidade ambiental".

"Basta relembrar a forma como encara a exploração do lítio no nosso país! Mas não há bela sem senão!", critica ainda.

O primeiro-ministro escolheu na segunda-feira os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação, respetivamente, para substituir Pedro Nuno Santos, que tinha as tutelas até à semana passada.

Pedro Nuno Santos demitiu-se na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP a Alexandra Reis, secretária de Estado do Tesouro, demitida dias antes, para deixar a transportadora aérea.