O treinador do Benfica, Bruno Lage, elogia o Nacional e garante não haver excesso de confiança na sua equipa, após cinco vitórias em cinco jogos.
O que esperar do Nacional?
"O que quero é que a equipa esteja no seu melhor foco de sempre, é isso que temos de levar para o próximo jogo. É importante estarmos focados porque o Nacional é uma equipa muito interessante. Tivemos oportunidade de observar o adversário e é muito interessante, com potencial. O que têm feito no campeonato não reflete a classificação. Vamos encontrar uma equipa que nos pode criar vários cenários. Por vezes têm saída a três com o lateral mais baixo, outras vezes com um médio entre os centrais. Têm um ataque muito forte à linha defensiva. Conhecendo o adversário, a postura do treinador ao longo dos anos, a subida a pulso. Temos de estar focados em tudo isto e preparados para fechar este mês de trabalho de seis jogos, esse é o nosso foco. Fechar com uma vitória".
Otamendi admite que chegou com sono ao treino por ter visto jogos do River. Preocupa?
"Otamendi? O que me interessa é que está completamente focado dentro de campo. O que me interessa e o que lhe pedi é que ajudasse a alinhar os colegas, para estarmos todos focados no que temos de fazer. Indiscutível é a equipa. Ainda no último jogo lancei o desafio de trazerem a melhor versão de cada um e foi isso que vimos, quer no onze quer nos que entraram para ajudar. É isso que têm feito nestes cinco jogos. Para amanhã, o desafio é no mesmo sentido, mas a melhor versão da equipa. Hoje faz um mês que fui apresentado, e o importante é fechar este ciclo, do primeiro mês, assim, a vencer".
Há excesso de confiança?
"Da nossa parte não, falámos precisamente sobre isso com os jogadores. Mas foi apenas uma conversa para eles perceberem o que é o futebol, passamos do 8 ao 80 e vice-versa muito rápido. Com o passar do tempo são muitos jogadores. Desde há três anos, só um dos jogadores é que passou por isso. O nosso foco é a consistência. Quero a melhor versão da equipa para amanhã. Consistência e ganhar. Isso vem da personalidade e caráter de cada um, assim como pela forma como vejo estes jogadores a trabalhar. É seguir o último jogo, ver o que fizemos de bom e partir para o seguinte. Foi nessa base que fizemos este caminho de cinco jogos. Amanhã temos de fechar com mais uma boa exibição, consistente e conquistar os três pontos. Rivais? O nosso foco está em nós neste momento. Foi um mês em que não tivemos tempo para muita coisa. Foi olhar para a equipa, ver como tirar o melhor partido de cada um e olhar para este ciclo de seis jogos. Estamos contentes pelo que temos vindo a fazer, pela forma como a equipa está a crescer, e amanhã a melhor versão da equipa para vencer os três pontos".
"A equipa venceu cinco jogos e no jogo seguinte não entrou com excesso de confiança. A nossa mensagem passa por termos, quer na carreira ou na vida, um determinado equilíbrio e uma determinada mentalidade vencedora. A cada momento temos de dar uma resposta. A preparação para este jogo foi nesse sentido. Amanhã, temos de apresentar a melhor versão da equipa para vencer e não vamos fugir disso por não termos tido tempo. É fechar o jogo como temos feito até aqui e pensar no próximo da mesma forma".
Que gestão vai fazer na equipa?
"É irmos na máxima força em função da disponibilidade. Temos hoje e amanhã para decidir, mas neste momento é preparar o jogo com aquilo que sinto que é o melhor. No último jogo, fizemos duas alterações, de colocar o Tomás a central e o Bah a lateral porque sentimos que esse onze era o melhor. É o que vamos fazer amanhã, não vamos mudar em nada a nossa forma de pensar e de preparar o jogo. Kerem Aktürkoglu? Se me perguntar neste momento, não me dói nada. Se começar a correr, pode doer-me alguma coisa. É o que temos de perceber. Tem feito um trabalho fantástico. A função que tinha no jogo obrigou-o a fazer corridas de grande intensidade e de maiores distâncias. Cumpriu e naquele momento entrou outro jogador para dar continuidade. Hoje treinou e sentiu-se bem, mas amanhã é que vamos decidir o melhor onze em função do que pretendemos para o jogo".
Já conseguiu uma vitória histórica de 10-0 contra o Nacional, mas uma viagem à Madeira acabou também por ditar a sua saída
"Das recordações que tenho, há três boas. A terceira foi porque nesse dia defrontei um grande treinador, que é um bom exemplo de alguém que, enquanto jogador, começou num clube pequeno e depois conquistou o mundo. A segunda, que me deixa orgulhoso, foi a estreia do Florentino. E a primeira foi a homenagem que o Benfica fez ao nosso príncipe Fernando Chalana, isso é que fica na nossa memória. O resto está guardado. Temos de ir à procura do futuro, e o nosso é amanhã contra o Nacional".
A partida entre Nacional e Benfica está marcada para as 18h00 deste domingo.