O regresso de Vítor Baía à atividade é uma boa notícia para todos nós pois, desde sempre, o antigo guarda-redes do Futebol Clube do Porto constitui-se como um exemplo tanto dentro como fora dos estádios.
Para além do jogador de qualidade, que prestou serviços relevantes ao seu clube de sempre e à seleção nacional, Baía protagonizou uma figura à parte, com comportamentos que puderam ser colocados como exemplo, sobretudo às gerações mais jovens.
O seu longo afastamento de tudo quanto se prende com o futebol nunca foi explicado. Nem este é o momento para ajustar contas com o passado, ou fazer balanços menos agradáveis.
Importa mais festejar o seu regresso, que pode representar o reabrir de uma porta que nunca devia ter-se fechado.
Vítor Baía vai integrar a lista de Pinto da Costa constituindo reforço de peso num elenco que não traz outras novidades e que, exatamente por isso, continua a não suscitar visível entusiasmo nas hostes portistas.
Daí que pareça razoável perspetivar para o próximo novo vice-presidente um futuro capaz de passar por funções mais importantes, ou seja, poderá tratar-se de semear para colher mais tarde ou, antes, preparar antecipadamente o lançamento de outros voos.
Quanto ao ato eleitoral que se aproxima e que, acentuamos, parece não estar a proporcionar grande mobilização, a grande novidade tem a ver com a apresentação de três candidaturas, o que contraria de forma evidente o que aconteceu em pleitos anteriores.
É um sinal. Um sinal de que nem toda a imensa família azul e branca está satisfeita com as escassas conquistas do passado recente, em especial no futebol, e da transferência do poder para as águias da capital.
Falta pouco para se ficar a saber qual o significado da posição que vai assumir a massa associativa dos dragões no ato eleitoral de dois dias marcado para os primeiros dias de Junho.
Só depois disso farão sentido todas as análises que seguramente não deixarão de ser feitas.
Por portistas e não só.