Coronavírus. Plataforma quer ajudar SNS e profissionais de primeira linha
24-03-2020 - 00:00
 • Eunice Lourenço

Site pretende fazer a ponte entre necessidades e ofertas de ajuda para médicos, enfermeiros e bombeiros

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Fazer a ligação entre as necessidades do serviço nacional de saúde e de profissionais de primeira linha, como médicos e bombeiros, e a boa vontade de quem quer ajudar – é esta a lógica de “Portugal, um passo à frente do Coronavírus”, uma plataforma lançada por um movimento da sociedade civil e que começa a funcionar esta terça-feira.

A plataforma disponível online será a forma mais visível do que se apresenta como um “movimento informal da sociedade civil” liderado pelo médico e deputado do PSD Ricardo Baptista Leite. O “propósito único”, como se lê na apresentação do site, é, “com base no voluntariado de quem quiser colaborar, promover ações que contribuam para o atraso do número de novos casos de COVID-19 no nosso país”.

O objetivo é “sistematizar faltas e fazer chegar equipamentos de proteção a médicos, bombeiros, enfermeiros, e a todos os profissionais empenhados no combate à pandemia provocada pela COVID-19”. Neste site, os profissionais que estão na primeira linha do combate ao Coronavírus, como médicos, enfermeiros e bombeiros, vão poder identificar de forma rápida o material que falta em cada estabelecimento.

“Esta identificação rápida vai ajudar o SNS, fornecedores e a própria comunidade a apoiar no abastecimento desse material. Para nos mantermos um passo à frente do coronavírus é fundamental que os profissionais de saúde, que estão na primeira linha de combate à COVID19, tenham todas as condições para se protegerem e para continuarem a salvar vidas”, explica o comunicado de apresentação do site, onde só serão identificados os materiais em falta e as unidades hospitalares.

“Cada médico, enfermeiro ou bombeiro que é contagiado é menos um a combater o COVID19”, diz o mesmo comunicado.

Esta plataforma também pretende ajudar esses profissionais no seu dia-a-dia. “Será possível identificar outras necessidades dos profissionais de saúde, para que voluntários possam também eles ajudar nas mais pequenas coisas, como o alojamento para os profissionais cumprirem o isolamento profilático, ou mesmo na recolha de compra”, anuncia o Passo à Frente.