O Ministério Público (MP) francês pediu, esta quinta-feira, pena suspensa de quatro meses para a espectadora responsável por uma queda na primeira etapa da Volta a França de 2021, que feriu vários ciclistas.
No primeiro dia de julgamento, o representante do MP recordou que a mulher, de 31 anos, sem antecedentes criminais, "colocou outras pessoas em perigo". No entanto, considerou que as "lesões causadas não foram intencionais" e lembrou que a acusada "reconheceu a gravidade do seu comportamento e mostrou-se arrependida".
O advogado da mulher, que viu negada a pretensão de uma sessão à porta fechada, referiu que a sua cliente "é uma pessoa frágil em termos psicológicos", algo que "aumentou muito depois dos acontecimentos em causa, que lhe tornaram a vida num inferno".
Na primeira etapa do Tour, disputada a 26 de junho, a espectadora, que empunhava um cartaz para as câmaras de televisão, derrubou o alemão Tony Martin (Jumbo-Visma), que caiu desamparado no chão e foi atropelado por vários ciclistas, causando um "efeito dominó" no pelotão.
A mulher foi detida dias depois para interrogação, no âmbito de uma investigação criminal por "lesões involuntárias com uma incapacidade inferior a três meses, por manifesta violação deliberada de uma obrigação de segurança ou prudência".
Depois de ter sido interrogada, a 2 de julho, a mulher, que começou esta quinta-feira a ser julgada em Brest, saiu em liberdade.