Diretores querem mais auxiliares, professores e novos computadores nas escolas
10-09-2019 - 10:17
 • Anabela Góis , Cristina Nascimento

Em tempo de regresso às aulas, o presidente da associação de diretores antevê um arranque positivo, mas receia “dois grandes problemas do decurso do ano letivo”.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) garante que ainda faltam “algumas centenas de auxiliares nas escolas”. A denúncia é feita na Renascença, na semana que milhares de alunos regressam às aulas.

Filinto Lima destaca a chegada aos estabelecimentos de ensino de 1.067 funcionários, mas garante que “as escolas precisamente de mais algumas centenas”.

“Era bom que o ministro Mário Centeno se virasse um pouco para a educação”, acrescenta em tom de apelo ao ministro das Finanças.

Nesta entrevista ao programa As Três da Manhã, Filinto Lima diz ainda prever “um arranque de ano positivo”, antevendo, no entanto, “dois grandes problemas do decurso do ano letivo”.

O dirigente associativo receia que a luta sindical pela contagem na totalidade do tempo de carreira dos docentes tenha efeitos nas escolas, bem como as eleições legislativas. “Nós sabemos que os novos ministros quando chegam ao poder gostam de mudar tudo, por tudo e por nada. Temos algum receio que se gere alguma instabilidade e nós nas escolas o que queremos é estabilidade para os nossos alunos e para os nossos professores”, afirma.

Uma das novidades deste ano letivo foi a colocação de professores um mês antes das aulas terem início, permitindo uma organização mais atempada do trabalho nas escolas. Filinto Lima revela considera essa antecipação positiva, mas alerta para outro problema.

“Nas substituições, por doenças dos docentes, existem grupos disciplinares para o qual pode já não haver opositor, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve”, alerta Filinto Lima.

“Já há grupos disciplinares onde há dificuldade em encontrar professores porque penso que atualmente não é uma profissão muito procuradas pelos nossos jovens”, refere.

Filinto Lima traça ainda outra prioridade para o próximo ministro da Educação: renovar o parque informático, pois o existente está “obsoleto e ultrapassado”.

“O próximo ministro deve apostar também nesse recurso nas escolas, novos computadores, novos tablets e investir uma rede wifi fiável”, apela.


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