A Associação Precários Inflexíveis apresentou esta quinta-feira um conjunto de 43 medidas de combate ao desemprego e precariedade, trabalho que resulta de "vários meses" de "debate interno e externo" e que será apresentado nos próximos tempos a partidos e entidades.
"Vamos levá-lo [o documento] e pedir reuniões a todas as candidaturas às legislativas e discutiremos com outros movimentos sociais, sindicatos, na procura de uma resposta positiva, pela positiva, no reforço do trabalho, contra o desemprego e também a nível de Segurança Social", defendeu João Camargo, porta-voz da associação.
As medidas cobrem "várias facetas da precariedade e desemprego", disse à agência Lusa.
No que refere aos recibos verdes, os Precários Inflexíveis reclamam um "novo regime que tenha descontos no tempo certo, com base no valor real dos rendimentos e que a Segurança Social seja, de facto, uma coisa benéfica" para quem passa recibos verdes.
É também proposta a proibição de entidades e organismos públicos recrutarem pessoal através de empresas de trabalho temporário e é pedida a "contratação obrigatória" de um em cada dois estagiários.
O documento apresentado avança, diz a associação, com "propostas concretas para um combate imprescindível do futuro, contra a precariedade e o desemprego, para melhorar a vida de milhões de pessoas nesta situação", um total, dizem, de 55% da população activa de Portugal.