Marcelo diz que fecho das escolas vai ser "ponderado" na próxima semana
19-01-2021 - 13:59
 • Renascença

"Vai ser importante ouvir os especialistas", afirma o Presidente da República.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira que o encerramento das escolas vai ser “ponderado” na reunião da próxima semana com especialistas, no Infarmed.

“É isso que vai ser ponderado na sessão aberta. Vai ser importante ouvir os especialistas, na terça-feira, dizer o que pensam sobre as escolas. Há pontos de vistas diferentes quanto aos vários graus de ensino, que há uma via, vamos lá ver se permanece”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O Presidente e candidato às eleições do próximo domingo falava à margem de uma visita à Faculdade de Economia da Nova, em Carcavelos, onde também anunciou que promulgou o decreto do Governo com novas medidas de confinamento.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que é muito importante analisar a evolução dos números até ao final da semana e, sobre um eventual encerramento das escolas, há várias questões em equação.


"É muito importante ter a noção de que há sobre essa matéria um entendimento pacífico por duas razões: a primeira, as escolas têm sido neste agravamento o local onde o agravamento menos se deu e onde o controlo da situação em termos de surtos tem funcionado. Em segundo lugar, é preciso ter a certeza que os jovens não vão constituir por outra via, sem aulas, fontes de contágio igual ou maior do que aquela que existe hoje. É essa a avaliação que tem de ser feita”, sublinha.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, o Governo decidiu manter as escolas abertas e o ensino presencial a funcionar em pleno durante a nova fase de confinamento geral, que arrancou no final da semana passada.

O primeiro-ministro, António Costa, disse na segunda-feira que as escolas vão manter-se abertas em ensino presencial, lembrando que “as ondas de crescimento de pandemia” ocorreram em tempos de pausa letiva. As Atividades de Ocupação de Tempos Livres (ATL) voltam a abrir, mas apenas para crianças com idade inferior a 12 anos, permanecendo encerrados os ATLs para as restantes.

“Há uma opção de fundo que fizemos e que julgamos correto. Não se justifica do ponto de vista sanitário, o custo social e no processo de aprendizagem, impor por um segundo ano letivo consecutivo as limitações ao ensino presencial”, afirmou António Costa sobre a decisão de as escolas continuarem abertas.