Pussy Riot em Portugal. "Queremos que as pessoas vejam e ouçam a verdade"
06-06-2022 - 17:30
 • Renascença

A banda russa dá concertos na quarta-feira, na Casa da Música, no Porto, e na quinta, no Capitólio, em Lisboa. Serão concertos-comício de protesto porque definem o espetáculo que prepararam como "um apelo à ação".

As Pussy Riot, a polémica banda rock russa que contesta o regime de Putin, estão em Portugal e prometem um verdadeiro concerto-comício de protesto "para que as pessoas vejam e ouçam a verdade".

A banda que atua na quarta-feira, na Casa da Música, no Porto, e na quinta, no Capitólio, em Lisboa, deu uma conferência de imprensa esta segunda-feira, tendo defendido que "a única forma de pôr fim a tudo isto é com a vitória da Ucrânia".

Os elementos do grupo explicam que apresentarão, mais do que um concerto, uma experiência de representação, definindo o espetáculo como "um apelo à ação".

O grupo acusa a Europa de continuar a "patrocinar Putin". Olga Borisova, membro da banda, apontou que os países europeus se manifestem contra a Rússia, mas "continuam a comprar gás e petróleo e a dar dinheiro à Rússia".

Olga acrescentou que o país irá ter mais lucros derivados a exportações de recursos em 2022 do que nos dois anos anteriores.

As Pussy Riot são um grupo musical russo marcado pelas fortes mensagens políticas presentes nos seus temas e espetáculos. Após o início da guerra na Ucrânia, as artistas deixaram o país e começaram uma digressão pela Europa.

As perfomances das Pussy Riot nesta digressão que dura há um mês têm como objetivo "alertar a Europa Ocidental e contar a verdade" e 50% dos lucros do merchandising do grupo serão doados para a construção de um hospital infantil na Ucrânia.

O espetáculo que conjuga teatro, música e vídeo e apela ao fim da guerra e à intervenção europeia. Pussy Riot contam a história de como é "ser ativista na Rússia" e afirmam que querem "que as pessoas vejam e ouçam a verdade".