O atleta paralímpico Luís Costa, medalha de bronze no contrarrelógio de ciclismo de estrada da classe H5, testou positivo num controlo antidoping. Em declarações a Bola Branca, o chefe da missão paralímpica explicou o que se segue.
“O processo não está fechado, a suspensão é provisória. Agora o atleta tem a sua defesa, pode fazê-lo”, começa por dizer à Renascença Luís Figueiredo, o chefe de missão em Paris 2024.
Para já, é prematuro falar na perda da medalha. “No caso de o atleta perder os recursos que tem ao seu dispor, obviamente vai perder a medalha, mas para já essa situação não se coloca. É muito prematuro. O atleta tem duas defesas: a contra-análise e o processo normal, em que pode justificar o aparecimento dessa substância no corpo”, detalha.
Luís Figueiredo ainda não falou com Luís Costa desde que o Comité Paralímpico de Portugal anunciou, esta terça-feira, a notificação do Comité Paralímpico Internacional.
Este é o segundo caso de doping na comitiva portuguesa em Paris, depois de Simone Fragoso (powerlifting).
“Estamos preocupados com a situação dos atletas, obviamente que estamos preocupados e as pessoas que estão no desporto preocupam-se com estas situações”, confessa o chefe de missão. “O comité refere no comunicado que não concorda com a adulteração dos resultados recorrendo a substâncias. Estamos preocupados com a situação destes dois atletas, quem não estará? Agora, compete ao atleta provar a sua inocência, portanto o comité nessa matéria nada pode fazer.”
Luís Figueiredo admite que agora os atletas terão o apoio das respectivas federações, ficando assim o comité paralímpico à margem do processo.
E reforça: “Não perde a medalha para já. Há todo um processo que vai decorrer. Em alguns casos demora meses, anos. A suspensão é provisória”.
O Comité Paralímpico de Portugal informou esta terça-feira que os atletas da comitiva foram testados, entre 23 e 25 de agosto, durante o estágio na Cidade do Futebol, em Oeiras. Luís Costa suspenso provisoriamente.