O apito soa mais cedo
08-07-2022 - 06:22

O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol divulgou ontem os nomes dos 22 árbitros que passam a constituir o quadro da primeira categoria para a próxima temporada.

Entre todos, uma só novidade: Hugo Miguel, que completou 45 anos e que ainda poderia continuar mais uma temporada, não foi convidado para fazer parte do grupo de eleitos, podendo, no entanto, vir a integrar a lista dos integrantes do VAR. É ainda oportuno dizer que Rui Costa, Nuno Almeida e Manuel Mota também já ultrapassaram a barreira dos 45 anos mas, quanto a estes, o critério do CA não os condenou à saída.

Por outro lado, foram despromovidos Hugo Silva e David Silva, registando-se as subidas de Bruno Costa, Carlos Macedo, Hélder Carvalho e Ricardo Baixinho, estes quatro pertencentes às Associações de Viana do Castelo, Braga, Santarém e Lisboa.

De resto, vamos continuar a ter pela frente as mesmas caras de sempre, muitas da quais foram alvo de grande contestação, sobretudo e como de costume, no final da temporada, quando tudo começa a ficar mais apertado no tocante às diversas posições nas tabelas classificativas dos vários campeonatos.

Também como de costume, o começo da temporada não se prevê agitado.

Como “o primeiro milho é dos pardais”, a princípio tudo é desculpável. Só lá mais para a frente é que os erros começam a ser tratados de maneira diversa, e também a servirem de desculpa à menor capacidade e alguma impreparação e falta de qualidade das equipas em competição.

Claro que nada disto anula ou atenua os maus conceitos em que é tida a nossa classe arbitral, que tem demonstrado nestes tempos mais recentes que está a um nível bastante inferior ao dos restantes parceiros europeus.

E, para o confirmar, não é preciso muito, pois basta atentar naquilo que têm sido as escolhas da Uefa e da Fifa para os grandes torneios internacionais, onde os juízes portugueses só acidentalmente marcam presença.

E, quando são chamados, raramente assinam trabalhos de qualidade.